Por Pr. Rilson Mota
Na tarde de 26 de fevereiro de 2025, o Centro de Mato Rico, uma cidade pequena encravada no Paraná, foi atravessado por uma sombra que não deveria mais existir. Às 15h07min, uma mulher de 47 anos cruzou as portas do Destacamento Policial Militar com o peso de uma ameaça invisível, mas cortante: seu ex-convivente, de 56 anos, havia desafiado uma Medida Protetiva de Urgência, reacendendo o medo que ela lutou tanto para apagar. Esse é mais um golpe na luta contra a violência que as mulheres enfrentam, uma batalha que Mato Rico não pode perder.
Ela chegou ao destacamento com a voz firme, mas carregada de um cansaço que só quem vive sob ameaça conhece. Contou que o ex, proibido judicialmente de se aproximar, usou um aplicativo de mensagens para alcançar sua filha de 17 anos, dizendo que queria vê-la. Não era um pedido de pai; era uma corda esticada contra a segurança que a medida deveria garantir, um ato de descumprimento que transformou a proteção legal em papel frágil diante da ousadia dele.
Mato Rico, com suas ruas tranquilas e campos que respiram agricultura, não é estranha ao som da violência contra a mulher, mas esse caso corta mais fundo por sua audácia. A Medida Protetiva, uma barreira erguida para deter o avanço do medo, foi ignorada como se fosse um aviso de trânsito desbotado. O ex-convivente, ao mirar a filha para atingir a mãe, jogou com a fragilidade de uma família que já sofreu o suficiente nas mãos dele.
A Polícia Militar, sabendo que cada segundo conta, não ficou parada. Os policiais partiram para a área rural onde o homem reside, um terreno afastado que ele talvez achasse ser seu reino acima da lei. Lá, o encontraram, e ele não negou: confirmou o contato com a filha, admitindo com a frieza de quem acha que a justiça é opcional. Era o fim da linha para sua arrogância — pelo menos por aquele dia.
A abordagem foi um raio de ordem em meio ao caos que ele tentou semear. Preso, o homem de 56 anos foi levado à Polícia Judiciária, onde a lei agora traça o caminho que ele terá que seguir. Mas a prisão não apaga o que ficou para trás: uma mulher de 47 anos que viveu para contar e uma adolescente de 17 anos que viu a sombra do pai se transformar em ameaça contra a mãe. Esse é o preço que Mato Rico paga por um crime que não deveria mais acontecer.
A violência contra a mulher não é novidade no Brasil, e Mato Rico reflete essa ferida que sangra em silêncio. Em Guarapuava, no mesmo dia, uma jovem de 26 anos sentiu chutes no abdômen; em Jardim das Américas, uma adolescente de 15 enfrentou um facão. Agora, em Mato Rico, a medida protetiva vira papel rasgado por um ex que acha que o controle é seu direito eterno. Até quando essas mulheres vão carregar o peso de uma luta que não escolheram?
Esse esporte cruel — onde ameaças, injúrias e golpes são as jogadas — ganhou mais um round em Mato Rico. A filha de 17 anos não deveria ser o alvo indireto de um pai que usa mensagens como armas, nem a mãe de 47 anos deveria temer o próximo passo de um ex que a justiça já mandou ficar longe. Esse descumprimento é mais que um crime; é um grito contra a segurança que a lei promete, mas nem sempre entrega.
Aos leitores do Amor Real Notícias, trazemos essa história com a seriedade que ela exige: o terceiro caso de violência contra a mulher em um dia na região é um alerta que não podemos ignorar. A prisão é um passo, mas o eco das ameaças fica na alma da vítima e da filha que assistiu a tudo. Mato Rico, pequena e resiliente, merece mais que isso — merece paz que não seja quebrada por facões ou mensagens.
Essa epidemia precisa de um basta. A Medida Protetiva é uma ferramenta, mas quando homens como esse de 56 anos a desafiam, ela vira um escudo de papel contra um punho de ferro. Mato Rico não pode ser o palco onde a violência contra a mulher continua a jogar suas partidas covardes — precisamos de justiça que puna rápido, apoio que chegue antes, e um futuro onde mães e filhas não vivam sob ameaça.
A mulher de 47 anos sobreviveu ao jogo desse ex, mas o placar da violência em Mato Rico e além não para de subir. Que o Amor Real Notícias seja a voz que não se cala, que esse terceiro caso do dia seja o último, e que a cidade mostre ao Brasil como transformar medidas em proteção real — porque as mulheres merecem mais que promessas, merecem viver livres de medo.
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