A Polícia Federal (PF) deflagrou a Operação Boi Viajante na quinta-feira 7. Na mira, criminosos que faziam contrabando de gado da Argentina para o Brasil, atuando nos Estados do Paraná e Santa Catarina.
Ao longo de 20 meses, foram introduzidas cerca de 6 mil cabeças de bovinos ilegalmente. Desse modo, o valor projetado para o total das remessas se aproxima de R$ 15 milhões. O contrabando de gado da Argentina para o Brasil ocorria por meio de fazendas na fronteira entre os dois países.
Cerca de 50 policiais cumpriram 11 mandados expedidos pela Justiça Federal. A operação abrange as cidades de Dionísio Cerqueira (SC), Barracão (PR), Bom Jesus do Sul (PR) e Santo Antônio do Sudoeste (PR).
O contrabando de gado bovino no país gera grave risco de introdução de doenças, como a febre aftosa, por exemplo. Paraná e Santa Catarina são Estados livres “de aftosa sem vacinação” — diferentemente da Argentina, que ainda precisa da vacina.
Previstos no Código Penal, os delitos envolvem contrabando, associação criminosa, falsidade ideológica e infração de medida sanitária preventiva. Desse modo, as “penas máximas somam 18 anos de reclusão”, de acordo com a PF.
Um dos criminosos também é alvo da Operação Formiga III, que cumpre mandados no mesmo endereço. A investigação mira em descaminho de vinhos.
Segundo a apuração da PF, o investigado criou uma empresa fantasma em Salgado Filho (PR) para emissão de notas fiscais falsas, com o objetivo de acobertar remessas da bebida argentina feita ilegalmente. O criminoso já possui diversas condenações por contrabando e descaminho praticados na região.
Fonte: Revista Oeste