Ainda no primeiro semestre deste ano, o Brasil vai ganhar o maior parque temático de dinossauros do mundo. É o que prometem os organizadores do projeto Terra dos Dinos. Semelhante ao Jurassic Park dos filmes de Hollywood, o local está em obras na cidade de Miguel Pereira, no Rio de Janeiro.
O parque está sendo construído na reserva ambiental Vale do Café, do tamanho de 200 campos de futebol. O local deve abrigar réplicas de mais de 40 espécies de dinossauros — o maior deles, o Argentinossauro, chega a quase 15 metros de altura e 30 metros de comprimento — e receber 1 milhão de pessoas por ano.
A iniciativa é fruto de uma parceria entre a prefeitura de Miguel Pereira e os empresários Marcio Clare, do setor imobiliário; e Sávio Neves, vice-presidente da Associação Brasileira de Trens Turísticos. Segundo o prefeito André Português, o projeto começou a ser desenvolvido em 2017.-Publicidade-
A experiência
A administração do parque montou um roteiro para os visitantes: no início da “jornada” de cada um, os dinossauros expostos “nascem” do contato entre o líquido de um meteoro que caiu no parque e ovos fossilizados no local.
Essa história será contada durante um trajeto de 900 metros, onde os dinossauros estarão posicionados de acordo com os períodos da história geológica da Terra: Triássico, Jurássico e Cretáceo.
Ao chegar à entrada principal do parque, os visitantes serão transportados pelos veículos do local em um percurso de três minutos rumo ao mundo dos dinossauros ou poderão descer em uma tirolesa.
Nesse ponto, os visitantes poderão escolher entrar no parque por catracas ou parar em uma lanchonete temática para comprar hambúrgueres nomeados com espécies de dinossauros, e deixar as crianças brincando em um parquinho.
Até essa parte, a visita é gratuita. Para quem quiser ter acesso a todo o circuito, o ingresso deve custar cerca de R$ 80, com possibilidade de pacotes anuais para estudantes. Os visitantes que não tiverem carro ou optarem por ir de ônibus à Terra dos Dinos podem contratar um pacote que inclui transporte do próprio parque, com ponto de encontro próximo à rodoviária, no centro de Miguel Pereira.
“A ideia é criar conteúdos e ter outras atrações”, disse Marcio Clare, um dos empresários do parque, ao jornal O Globo. “Além do parque, teremos tirolesa, trilha suspensa e as pessoas poderão andar na mata fechada, no meio da floresta”.
Os dinos
Das 40 réplicas de dinossauros que integram o parque, cerca de 30 foram encomendadas a uma empresa chinesa. As outros dez são obras artísticas produzidas em fibra de vidro por Glauco Bernardi, escultor brasileiro. As atrações já estão no parque, foram recebidas há pouco mais de uma semana.
As peças chinesas levaram mais de 40 dias para chegar e precisaram ser transportadas por sete carretas até o parque. As maiores precisam ser montadas, já outras chegaram prontas. Um fato curioso é que as réplicas são animatrônicas — semelhantes a robôs que interagem com o público movendo partes do corpo e emitindo sons.
Todo o conteúdo educativo oferecido no parque tem orientação de profissionais do Museu Nacional e do paleontólogo Alexander Kellner, diretor da instituição. Em um dos ambientes do parque, estarão partes verdadeiras de dinossauros, disponibilizadas pelo museu.
Fonte: Revista Oeste