O desembarque de emergência após pane em um avião da Azul na madrugada desta quinta-feira (25) deixou uma menina de 5 anos com uma perna fraturada. O voo sairia de Várzea Grande, no Mato Grosso, rumo ao Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo.
Os 132 passageiros precisaram descer por tobogãs até a pista do Aeroporto Marechal Rondon. Entre eles, a fisioterapeuta Juliana Fávero, que estava acompanhada do marido e dos dois filhos, de 3 e 5 anos. Na confusão gerada em meio ao desespero das pessoas, sua filha mais velha acabou fraturando o osso de uma perna.
A criança só recebeu atendimento médico na manhã seguinte, quando não conseguia andar. A equipe do aeroporto, no entanto, disse que a menina tinha “apenas uma contusão”.
“Ela fraturou o terço distal da tíbia. Ela só relatou dor pra mim após já estarmos de volta ao saguão. No primeiro momento, eu achei que tivesse sido alguma batida durante o trajeto da saída, pedi se tinha alguém para ver e eles disseram que estavam aguardando o Samu, mas eu nem vi o Samu”, disse a fisioterapeuta ao portal UOL.
“Ao amanhecer, ela foi andar e caiu por conta da dor. Aí, solicitei atendimento e a equipe médica do aeroporto foi até nós, e disse que se tratava apenas de uma contusão”, relatou.
Segundo a mãe, os profissionais de saúde do aeroporto sugeriram que a menina fosse levada ao Pronto-socorro de Várzea Grande para mais exames, mas como estava com o outro filho pequeno, ela preferiu resolver a situação depois.
Outro detalhe que Juliana relatou à reportagem foi a falta de orientações pelo sistema de som da aeronave, e que os passageiros foram guiados aos tobogãs pelas aeromoças. “Eu mesma só ouvi o grito das pessoas, não houve nenhum anúncio pelos microfones”, contou. “Não houve nenhuma organização, até porque, como nos foi dito, era para evacuar o mais rápido possível e assim foi feito”.