Wanderson foi condenado a quase 200 anos de prisão, por crimes como estupro, violação sexual mediante fraude, porte ilegal de arma de fogo, estupro de vulnerável e outros
No último domingo (17), a fuga de um homem, identificado como Wanderson Alves de Carvalho, mais conhecido como Dentinho ou Mulato, de 47 anos, de um presídio de Goiás, completou quatro meses. Wanderson foi condenado a 196 anos de prisão por ter cometido mais de 100 estupros. De acordo com a investigação das autoridades, alguém pode ter facilitado a fuga de Dentinho do sistema prisional.
Conforme a Polícia Civil de Goiás (PCGO), ele sumiu quando realizava a limpeza da área externa de uma estrutura do prisão. No dia 17/12, ele foi escoltado da Penitenciária Odenir Guimarães (POG), unidade onde ele estava detido, até a base do Grupo de Guaritas e Muralhas (GGM), que fica nas dependências da Gerência de Segurança, para fazer a limpeza do local.
Ao retornarem para a POG, no início da noite, as equipes de GGM notaram que Dentinho não havia retornado. Ele havia fugido.
Até então, a PCGO e a Diretoria Geral de Administração Penitenciária (DGAP) não conseguiram descobrir o paradeiro do condenado.
Crimes
Dentinho agiu entre 2001 e 2004, em Goiânia e Aparecida de Goiânia. Para cometer os estupros, ele costumava usar uma bicicleta, vestia boné e bermuda. Ele abordava, principalmente, mulheres jovens que estivessem sozinhas na rua, com foco em universitárias. A tática dele era quase sempre a mesma.
O estuprador pedia uma informação na rua e, quando a mulher ia responder, ele a ameaçava com uma arma. Em seguida, a vítima era levada para uma área baldia, onde ele não só praticava o estupro, mas também roubava pertences, como joias e celulares.
Ele costumava agir nas primeiras horas do dia. Dentinho chegou a ser preso em 2001, mas foi solto por falta de provas. Em 2004, novamente detido e com relatos mais robustos sobre sua atuação, ele foi reconhecido de imediato por 31 vítimas na Delegacia da Mulher em Goiânia.
Em Aparecida de Goiânia, outras 51 mulheres registraram ocorrência contra ele e 11 o reconheceram, assim que o viram. Além disso, havia mais dezenas de registros em outras delegacias, inclusive na Delegacia de Crimes Contra a Criança e o Adolescente.
Ele foi condenado a mais de 196 anos de prisão, por crimes como estupro, violação sexual mediante fraude, porte ilegal de arma de fogo, estupro de vulnerável e outros.
Fonte: Metrópoles