Ordens judiciais foram cumpridas em Francisco Beltrão, Itapejara D’Oeste e Dois Vizinhos, ambas no sudoeste do Paraná, e Coronel Martins, em Santa Catarina. Ao todo, sete pessoas foram presas.
Gaeco faz operação contra quadrilha suspeita de desviar cargas na região Sudoeste.
Sete pessoas foram presas nesta quarta-feira (1º) suspeitas de desviarem carga de ração de frango, de acordo com o Ministério Público do Paraná (MP-PR).
A ação foi realizada por meio do núcleo do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Francisco Beltrão, no sudoeste do Paraná.
A polícia acredita que o grupo estava operando havia mais de um ano e que desviava cerca de dez toneladas de ração por semana, gerando um prejuízo de mais de R$ 1 milhão.
O esquema
Segundo o MP, motoristas de empresas terceirizadas que faziam o transporte de ração de dois frigoríficos de Francisco Beltrão, com a autorização dos donos dos caminhões, estariam desviando parte da carga.
O promotor do Gaeco, Thiago Vacari, explicou que a investigação indicou que parte das cargas era desviada antes de chegar aos produtores de aves e também ao final de cada lote de frango, que é o momento em que os animais são encaminhados para o abate e há uma sobra de ração.
Gaeco cumpriu sete mandados de prisão na manhã desta quarta-feira (1º). — Foto: Reprodução RPC
Foram cumpridos também 17 mandados de busca e apreensão, três de busca pessoal e um de afastamento de função pública de um policial rodoviário estadual, que segundo a investigação, teria solicitado valores para alteração de um boletim de ocorrência de um acidente de trânsito com caminhão pertencente a um dos empresários alvos da investigação.
As ordens judiciais foram cumpridas em Francisco Beltrão, Itapejara D’Oeste e Dois Vizinhos, ambas no sudoeste do Paraná, além de Coronel Martins, em Santa Catarina.
O produto desviado, segundo o Gaeco, era armazenado em uma oficina mecânica para venda a receptadores, que utilizavam a ração, destinada a frangos, para a alimentação de criações de gado.
Os suspeitos responderão pelos crimes por crimes de associação criminosa, apropriação indébita, receptação e corrupção passiva, praticados contra empresas produtoras de rações para frangos e avicultores da região sudoeste.
Por g1 PR e RPC Francisco Beltrão