Por Pr. Rilson Mota
Técnicos da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), em conjunto com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Paraná, deflagraram nesta terça-feira (26) uma grande operação para combater a comercialização de agrotóxicos contrabandeados no estado. As ações ocorreram em Cascavel e Terra Roxa, além de outros estados como Goiás, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo.
No total, foram cumpridos 19 mandados de busca e apreensão, incluindo a sede de uma empresa investigada e residências de seus proprietários. Documentos, celulares, computadores e equipamentos eletrônicos foram recolhidos e levados à sede do Gaeco em Cascavel para análise. O grupo criminoso está sob suspeita de emitir notas fiscais fraudulentas que, nos últimos três anos, movimentaram quase R$ 26 milhões.
Riscos e Impactos dos Agrotóxicos Ilegais
Os grupos investigados são acusados de comercializar agrotóxicos de procedência ilícita, obtidos por meio de roubos, desvios, falsificação ou contrabando. Esses produtos, por não serem submetidos aos testes de segurança e eficácia exigidos pelas autoridades sanitárias, representam uma grave ameaça à saúde pública, ao meio ambiente e à segurança alimentar.
O uso indiscriminado desses insumos pode causar contaminação do solo e recursos hídricos, além de expor trabalhadores rurais e consumidores a riscos de intoxicação e doenças crônicas. Há também o agravante da resistência de pragas, dificultando o controle agrícola e aumentando os custos para os produtores.
“A comercialização de agrotóxicos ilegais é um problema sério que não apenas afeta a saúde pública, mas também compromete a sustentabilidade da agricultura”, alertou um técnico da Adapar que participou da operação.
Ação Coordenada e Penalidades
A operação foi acompanhada por auditores da Receita Estadual, representantes do Ministério da Agricultura e Pecuária e do Ministério Público. A participação da Adapar é parte de sua missão de garantir a conformidade no comércio e uso de insumos agropecuários, promovendo a saúde animal, a sanidade vegetal e a inocuidade dos alimentos.
Nos casos de venda irregular de agrotóxicos, os infratores podem ser multados, com valores que aumentam em caso de reincidência. Após a emissão do auto de infração e abertura de um processo administrativo, o caso é encaminhado ao Ministério Público para ações cíveis e penais.
A Adapar, em parceria com o Ministério da Agricultura, também fiscaliza o armazenamento, transporte e uso desses produtos, enquanto o governo federal supervisiona a produção e comércio internacional.
Impacto e Continuidade
A operação marca mais um esforço das autoridades para combater crimes ambientais e garantir a segurança alimentar no Brasil. O impacto da ação reforça a importância da fiscalização integrada e do combate rigoroso ao comércio ilegal de agrotóxicos, que ameaça tanto o meio ambiente quanto a saúde da população.
Amor Real Notícias continuará acompanhando os desdobramentos desta investigação e os impactos no setor agrícola e na segurança alimentar do estado do Paraná.
Amor Real Notícias — Informando com responsabilidade e compromisso com a verdade.
Acompanhe nossas atualizações nas redes sociais e fique bem informado:
WhatsApp | Instagram | Telegram | Facebook
Entre em contato conosco:
Email: redacao@amorrealnoticias.com.br