Por. Pr. Rilson Mota
Na manhã desta quinta-feira (21), a Polícia Federal (PF), em conjunto com o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO) de São Paulo, deflagrou a Operação Abutre, uma ofensiva para desmantelar uma sofisticada associação criminosa envolvida em estelionato, falsificação de documentos, lavagem de dinheiro e associação criminosa. A operação cumpre 2 mandados de prisão preventiva e 8 de busca e apreensão nas cidades de Araçatuba, Birigui, Buritama, Glicério, no interior paulista, e Belo Horizonte, em Minas Gerais.
Fraudes milionárias contra seguradoras
As investigações apontaram que o grupo utilizava empresas de fachada para contratar seguros coletivos de vida com grandes seguradoras. Posteriormente, identificavam vítimas fatais de acidentes automobilísticos, utilizando informações obtidas em noticiários, e cooptavam familiares dessas pessoas para fraudar o recebimento de prêmios de seguro. Os falecidos eram registrados como funcionários fictícios das empresas, constituídas em nome de familiares do líder do esquema.
O lucro ilícito era usado para a aquisição de imóveis, veículos e outros bens de alto valor, evidenciando o caráter extremamente lucrativo do esquema. O montante de bens bloqueados pela Justiça Estadual, a pedido da PF, alcança impressionantes R$ 110 milhões.
Modo de operação e impacto
O nome “Operação Abutre” é uma referência direta ao comportamento predatório da associação criminosa, que “se alimentava” de notícias de acidentes fatais para ampliar seus lucros. A operação demonstra a gravidade do impacto econômico e social causado pelo esquema, que explorava o sofrimento de famílias enlutadas e minava a credibilidade do setor de seguros no Brasil.
A ofensiva desta manhã mobilizou cerca de 40 agentes da PF e resultou em apreensões de documentos, dispositivos eletrônicos e outros materiais relacionados às fraudes. Além disso, o bloqueio de bens é um passo importante para a recuperação de recursos desviados.
Combate ao crime organizado
A desarticulação desse esquema é mais um exemplo do comprometimento das forças de segurança no combate a crimes que exploram vulnerabilidades institucionais e sociais. A Polícia Federal e o GAECO destacam que operações como a Abutre são essenciais para desmantelar organizações criminosas estruturadas, enviar um forte recado contra a impunidade e proteger os direitos de cidadãos e instituições afetadas.
Denúncias que possam auxiliar no avanço das investigações podem ser feitas de forma anônima pelos canais da Polícia Federal.
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