Por Pr. Rilson Mota
A Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) deu mais um passo importante rumo à inclusão. Pela primeira vez, uma aluna com deficiência visual realizou a prova de proficiência em língua estrangeira exigida pelo Programa de Pós-graduação (PPG) em Educação. A protagonista desse marco foi Jéssica Carolina dos Santos Paiva, que destacou a importância de abrir caminhos para outras pessoas com deficiência.
Formada em Pedagogia pela UEPG em 2024, Jéssica ingressou no mestrado em Educação este ano. Uma das exigências para o curso é a aprovação na prova de proficiência, que deve ser realizada no primeiro ano. A avaliação foi aplicada online em 10 de novembro, contando com diversas adaptações para atender às necessidades específicas da estudante.
“Eu me sinto feliz e grata ao mesmo tempo por ser a primeira pessoa com deficiência visual a realizar essa prova. Sei que estou ajudando a abrir caminho para outras pessoas com deficiência”, declarou Jéssica, que também agradeceu o apoio da Pró-reitoria de Assuntos Estudantis (Prae) e do Núcleo de Tecnologia e Educação Aberta e a Distância (Nutead).
Políticas Inclusivas e Mobilização Institucional
Desde 2021, a UEPG adota políticas afirmativas em seus processos seletivos de pós-graduação, incluindo cotas para pessoas negras, indígenas, trans e com deficiência. Segundo a coordenadora do PPG em Educação, professora Simone Regina Manosso Cartaxo, a prova de proficiência para Jéssica envolveu uma logística especial, com suporte do Núcleo de Tecnologia da Informação (NTI) para adaptar o sistema.
A prova foi realizada em uma sala especial, com acompanhamento de uma professora, tempo ampliado e o suporte de um ledor/transcritor e um guia. “Essa experiência nos permite criar protocolos e estratégias para atender mais pessoas com necessidades especiais, fortalecendo a inclusão na pós-graduação”, destacou Simone.
Uma Universidade Mais Inclusiva
Para a professora Simone de Fátima Colman Martins, que atuou como guia na prova, a iniciativa reflete uma UEPG mais acolhedora e comprometida com a inclusão real. “É um processo desafiador, mas que constrói uma educação mais humana e acessível para todos”, afirmou.
A prova escolhida por Jéssica foi de língua espanhola, e contou com o suporte da professora Valeska Gracioso Carlos, coordenadora da Escola de Línguas e Culturas (Eslin-UEPG), como ledora. O formato adotado, que exige fluência do ledor na língua específica do exame, reforça o compromisso da instituição com um atendimento inclusivo e eficiente.
Prova de Proficiência da UEPG
Desde 2019, a UEPG organiza sua própria prova de proficiência em leitura de língua estrangeira, coordenada pelo Escritório de Relações Institucionais (ERI-UEPG) e pela Eslin-UEPG. A avaliação, elaborada por professores do Departamento de Estudos de Linguagem (DEEL), é ofertada duas vezes ao ano, atendendo alunos de pós-graduação de diferentes estados do Brasil.
“Com a pandemia, a prova passou a ser ofertada remotamente, o que ampliou seu alcance. Hoje, recebemos candidatos de várias partes do país”, explicou a professora Sulany Silveira dos Santos, coordenadora do ERI. As provas são oferecidas em inglês, espanhol, francês e português para estrangeiros.
Caminhos para o Futuro
A experiência de Jéssica é um marco que reforça o compromisso da UEPG com a inclusão e a acessibilidade. A universidade segue desenvolvendo iniciativas para garantir que todos os estudantes tenham igualdade de oportunidades, consolidando-se como um modelo de educação inclusiva no Brasil.
Candidatos interessados em realizar a prova de proficiência em leitura em língua estrangeira da UEPG podem acessar o site oficial da universidade para obter mais informações. A inclusão não é apenas um objetivo, mas uma prática que transforma vidas e constrói um futuro mais justo e igualitário.
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