Em entrevista, o bilionário afirmou que não quer adquirir a empresa para ‘fazer dinheiro’. Segundo Musk, a rede social é um espaço importante para a defesa da liberdade de expressão no mundo.
Elon Musk já tem um plano caso sua oferta de US$ 41 bilhões (cerca de R$ 197 bilhões) para comprar o Twitter seja recusada. No entanto, os detalhes do que fará nesse cenário ficam “para outra hora”, segundo o bilionário.
Em entrevista durante o evento TED, nesta quinta-feira (14), o CEO da Tesla e da SpaceX disse que não tem a intenção de “fazer dinheiro” com a transação e que julga o Twitter como uma ferramenta importante para a liberdade de expressão no mundo.
Para Musk, a plataforma se tornou uma espécie de “praça pública” global.
“É realmente importante que as pessoas tenham a realidade e as percepções [sobre a realidade] e que elas sejam capazes de se expressar livremente dentro dos limites da lei”, argumentou Musk.
Em mais de um momento, o magnata reforçou que o Twitter e qualquer outra plataforma devem seguir as leis dos países onde operam. “Obviamente, há algumas limitações à liberdade de expressão”, comentou Musk.
Recentemente, o empresário tem questionado como a rede social lida com a liberdade de expressão, ao indicar comentários como questionáveis e bloquear usuários. No final de março, o executivo chegou a perguntar se uma nova plataforma seria necessária para manter essa liberdade.
Elon Musk também acha que o Twitter deve tornar público seu algoritmo. Para ele, essa é a única forma dos usuários saberem se um perfil ou assunto estão tendo a distribuição reforçada ou barrada pela empresa.
[Com o código aberto] não haveria nenhum tipo de manipulação ‘por debaixo dos panos’ seja no algoritmo ou manualmente, disse Musk.
O homem mais rico do mundo também disse que eliminar bots e contas que disparam milhares de mensagens será uma de suas prioridades caso assuma o controle da rede social.
Musk x Twitter
O relacionamento do empresário com a rede social é controverso. Além de usar a plataforma como principal arma publicitária para suas marcas, o empresário é uma celebridade no Twitter com mais de 81 milhões de seguidores.
Depois de comprar as ações do Twitter, Musk foi indicado ao conselho de diretores da firma, mas decidiu abrir mão de uma cadeira no grupo. Dias depois, fez uma oferta para comprar 100% das ações da companhia.
Com 9,2% das ações do Twitter, Musk é o maior acionista individual da empresa, seguido pelo fundador da rede social, Jack Dorsey.
Considerando todos os investidores, indivíduos e companhias, Musk só fica atrás da gestora de investimentos Vanguard Group, que tem quase 10,3% do Twitter, segundo documento de 8 de abril da Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC, na sigla em inglês).
O grupo americano é acionista importante de outras marcas famosas, como: Apple, Microsoft, Amazon, Pfizer, Coca-Cola e PepsiCo.