Reunião virtual entre ministros dos dois países, nesta quinta-feira (17), discutiu possibilidades de parceria em saúde, Inteligência artificial e intercâmbio de cientistas.
Brasil e China vão fortalecer a cooperação bilateral em ciência e tecnologia, principalmente nas áreas de saúde, inteligência artificial, cidades inteligentes e intercâmbio de pesquisadores. Os pontos de interesse comum para futuras parcerias entre os países foram discutidos, nesta quinta-feira (17), durante reunião virtual entre o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, astronauta Marcos Pontes, e o ministro da Ciência e Tecnologia da China, Wang Zhigang.
“Temos uma cooperação intensa, produtiva e antiga com a China”, ressaltou Marcos Pontes. Em razão da pandemia da Covid-19, o ministro reforçou o interesse imediato do Brasil em intensificar o trabalho conjunto na área de saúde, no desenvolvimento de novas vacinas, testes clínicos e sequenciamento genético. “Seria interessante termos a parceria da China também no desenvolvimento de vacinas que estão entrando agora em fase de testes clínicos no Brasil, como a Versamune MCTI.”
O ministro também enfatizou a possibilidade de cooperação nas áreas de inteligência artificial, cidades inteligentes, setor espacial e intercâmbio de cientistas e pesquisadores. Segundo ele, a parceria entre as duas nações tem um papel importante na busca de soluções conjuntas para o enfrentamento de grandes problemas que afetam a humanidade.
Marcos Pontes sugeriu a possibilidade de novas cooperações em temas como produção de alimentos, acesso à água, mudanças climáticas, energias renováveis e geração de empregos que serão afetadas pelo avanço tecnológico. “Certamente é um desafio enorme, mas que se coloca no nível de enfrentamento de duas grandes nações como a China e o Brasil.”
Financiamento
Para ministro da Ciência e Tecnologia da China, Wang Zhigang, a reunião é um ponto inicial no fortalecimento da cooperação entre os dois países no setor. Ele concordou com as áreas de interesse comum propostas Brasil, mas apontou a necessidade de estabelecer mecanismos de financiamento para colocar em prática as ações conjuntas. “É preciso manter as parcerias firmadas nos últimos anos e buscar novos tipos de cooperação. Devemos olhar para o passado e pensar no futuro.”
O ministro chinês ressaltou a importância de, em razão da pandemia, buscar novas formas de manter e ampliar o intercâmbio de cientistas e pesquisadores. Wang Zhigan também sugeriu a realização de um webinário entre os setores de ciência e tecnologia dos dois países para tratar das possibilidades de cooperação.
Durante a reunião, também ficou acertado que os dois ministérios vão discutir sobre a realização da reunião da subcomissão de Ciência, Tecnologia e Inovação da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação (COSBAN), prevista para ocorrer em setembro deste ano. A reunião ministerial contou com a participação do embaixador do Brasil na China, Paulo Estivallet de Mesquita, e do embaixador da China no Brasil, Yang Wanming.