De olho em diminuir roubos de iPhones, a Apple pode ordenar que as assistências técnicas autorizadas da empresa não façam nenhum reparo em aparelhos que tiverem a indicação de que foram perdidos ou roubados.
A informação consta em um memorando interno da empresa, divulgado pelo site especializado MacRumors, na terça-feira 29.
Segundo o documento, a medida quer tentar evitar que iPhones roubados sejam reparados por técnicos — tornando a ação criminosa bem-sucedida.
Para isso, uma das alternativas seria identificar o celular, por meio do número de série, de acordo com o seu status. Caso o aparelho seja perdido, por exemplo, o usuário pode reportar por meio de um boletim de ocorrência, que requer a informação do número único do celular. Esse número, no sistema da Apple, vai passar a ter uma etiqueta com a situação do aparelho e não poderá ser reparado.
A iniciativa também seria uma adição ao que a Apple já faz atualmente. Para fazer um desbloqueio de tela em unidades de assistência técnica, é necessário comprovar que o aparelho realmente pertence a quem está em posse do produto. Geralmente, os técnicos pedem algum comprovante de compra, como nota fiscal.
De acordo com o MacRumors, técnicos também estarão autorizados a recusar um reparo caso o aparelho esteja identificado no modo “perdido” na configuração “Buscar iPhone” — uma ferramenta dos smartphones da Apple que permite a localização do aparelho.
São Paulo vive epidemia de roubos de celulares
O celular é um dos objetos mais visados pelos bandidos. De acordo com a polícia, a facilidade que existe para tomar o produto da vítima, o valor de revenda e a dificuldade de localização contribuem para os roubos.
De acordo com um levantamento do Departamento de Pesquisas em Economia do Crime, da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado, a cidade de São Paulo vive uma epidemia de roubos e furtos de celulares. Em 2021, a cada três minutos um aparelho foi levado pelos bandidos. Foram quase 160 mil celulares roubados na cidade.
“Os smartphones se tornaram ‘caixas eletrônicos ambulantes’, pela facilidade de transferir dinheiro por meio de golpes usando o Pix — sistema de pagamento instantâneo”, disse Rafael Alcadipani, integrante do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
Fonte: Revista Oeste