Por Pr. Rilson Mota
Em uma operação de fiscalização ambiental exemplar, policiais militares ambientais realizaram patrulhamento aquático nos rios Imbauzinho e Tibagi, localizados na área da represa da Usina Hidrelétrica de Mauá, entre os municípios de Telêmaco Borba e Ortigueira. Durante a ação, foram apreendidos mais de 4.620 metros de redes de pesca, seis tarrafas, 500 metros de espinhéis, 12 bóias loucas, uma balestra e uma fisga – todos materiais considerados predatórios e proibidos, especialmente durante o período da piracema.
A piracema, que ocorre anualmente, é um momento crítico para a preservação das espécies aquáticas, quando os peixes sobem os rios para se reproduzir. O uso desses materiais não só é ilegal, mas também extremamente nocivo, ameaçando a renovação dos ecossistemas aquáticos e colocando em risco o equilíbrio ambiental da região. A ação da polícia ambiental não apenas resultou na apreensão de equipamentos proibidos, mas também destacou a importância de proteger os recursos naturais de práticas destrutivas.
Enquanto a fiscalização é fundamental, a conscientização pública ainda é um desafio. Muitos ainda subestimam o impacto do uso de materiais predatórios na pesca, priorizando ganhos imediatos em detrimento da sustentabilidade a longo prazo. É crucial que as comunidades locais compreendam que a preservação da fauna aquática não é apenas uma responsabilidade legal, mas uma obrigação ética para garantir o futuro das próximas gerações. A ação bem-sucedida da polícia ambiental merece destaque, mas deve ser acompanhada de um esforço contínuo de educação e rigor na aplicação da lei.
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