Por Pr. Rilson Mota
Na manhã de 26 de fevereiro de 2025, o Centro de Nova Tebas, uma cidade pacata no coração do Paraná, foi palco de mais um episódio que transforma a violência contra a mulher em um esporte cruel e recorrente. Às 12h10min, uma mulher de 31 anos caminhou até o Destacamento da Polícia Militar com o peso de uma ameaça nas costas, acompanhada do próprio ex-convivente, um homem de 36 anos, que transformou o fim de um relacionamento em um campo de intimidação. Esse jogo sinistro, que já virou rotina em tantas cidades, agora marca Nova Tebas com uma sombra que não podemos ignorar.
A vítima, com a coragem de quem já suportou demais, abriu o coração para os policiais. Ela contou que o ex, incapaz de aceitar que o amor acabou, cruzou a linha do diálogo e entrou no terreno das ameaças. Ele prometeu agredi-la, palavras que caíram como pedras diante dos olhos assustados da filha do casal, uma menina de apenas 8 anos, que assistiu ao pai virar um estranho em poucos segundos. É uma cena que corta a alma: uma criança vendo a mãe sob ataque verbal, um prenúncio de algo pior.
Nova Tebas, com suas ruas simples e comunidade unida, não deveria ser o cenário desse “esporte” onde homens jogam com a dignidade das mulheres como se fosse uma bola de chuteiras. A mulher de 31 anos não estava apenas relatando uma ameaça; ela estava expondo uma ferida que sangra em silêncio há tempo demais. O ex-convivente, com seus 36 anos de arrogância, achou que podia marcar pontos com palavras de violência, mas o que ele fez foi riscar um placar que Guarapuava e região já conhecem bem.
Os policiais, com a seriedade que o momento exigia, ouviram o relato e agiram. Não havia espaço para mediação fajuta ou promessas vagas — ambos, vítima e agressor, foram levados à Polícia Judiciária, onde a lei agora desenha as linhas do que vem a seguir. Ele, que ameaçou em voz alta, terá que responder, mas o estrago já está feito: uma mãe ferida na alma e uma filha de 8 anos que carrega um trauma que não pediu.
Esse é o terceiro caso de violência contra a mulher que ecoa em Guarapuava e arredores hoje — Morro Alto viu um chute às 22h40 de ontem, Jardim das Américas enfrentou um facão às 14h01, e agora Nova Tebas entra no placar com essa ameaça às 12h10. Até quando esse esporte mortal vai continuar? As estatísticas em Guarapuava sobem como uma febre que ninguém cura, e Nova Tebas, vizinha e irmã, prova que o contágio não respeita limites geográficos.
A filha do casal, com seus 8 anos, é o rosto mais jovem dessa tragédia anunciada. Ela não deveria estar no meio desse jogo, ouvindo o pai ameaçar a mãe como quem planeja o próximo lance. Em Nova Tebas, o Centro, que deveria pulsar com comércio e vida, virou o palco de um confronto onde a violência contra a mulher é a jogada principal — um esporte que não tem torcida, só vítimas.
A prisão do agressor é um ponto no placar da justiça, mas não apaga o medo que ficou na mulher de 31 anos ou o eco das palavras que a filha ouviu. A Polícia Judiciária agora segura as rédeas, mas esse é um jogo que Guarapuava e Nova Tebas não podem mais jogar. A violência contra a mulher virou uma partida diária, e o placar só aumenta — até quando vamos contar esses gols sem gritar “chega”?
Aos leitores do Amor Real Notícias, entregamos essa história com a gravidade que ela exige: é o terceiro caso do dia, e Nova Tebas entra na dança mortal que não dá trégua. Não queremos narrar mais essas jogadas — queremos o apito final. A mulher de 31 anos e sua filha merecem paz, não ameaças que cortam como facas invisíveis.
Esse esporte tem que acabar. Nova Tebas, Guarapuava, o Paraná inteiro precisam de leis que punam sem demora, de apoio que chegue antes do grito, e de uma sociedade que pare de assistir enquanto o placar sobe. A jovem mãe de 31 anos sobreviveu ao jogo de hoje, mas o próximo pode ser fatal — e isso é uma tragédia que não podemos aceitar.
A filha de 8 anos, com olhos que viram demais, é o motivo para parar esse jogo agora. Que o Amor Real Notícias seja a voz que não se cala, que Morro Alto, Jardim das Américas e agora Nova Tebas sejam os últimos campos desse esporte cruel, e que Guarapuava lute até que a violência contra a mulher vire uma memória distante — porque já passou da hora de dizer “game over”.
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