Um balão de quase 15 metros, que levava uma imagem de Jesus Cristo crucificado, caiu em cima de uma casa no fim manhã deste domingo (25), no bairro Boqueirão, em Curitiba. Após a queda, o fogo chegou a tomar conta de parte do artefato e deixou os moradores assustados. No entanto, ninguém saiu ferido após a rápida chegada dos bombeiros e da polícia.
De acordo com informações do Corpo de Bombeiros, o incidente ocorreu na Rua Carlos Essenfelder, esquina com Salvador Ferrante, próximo ao Rio Belém. Após a queda do balão, os vizinhos ficaram preocupados com a velocidade do fogo que começou a se alastrar e poderia avançar para os sobrados da região. Outro receio era que o incêndio se alastrasse e atingisse a fiação elétrica.
Além do atendimento dos bombeiros, viaturas da Polícia Militar (PM) foram chamadas para auxiliar os moradores. O incêndio foi controlado e os restos do balão serão repassados para a Polícia Ambiental, que vai investigar e procurar os responsáveis.
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Soltar balões é crime!
Segundo o artigo 42 da Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/98), fabricar, vender, transportar ou soltar balões que possam provocar incêndios nas florestas e demais formas de vegetação, em áreas urbanas ou qualquer tipo de assentamento humano, pode levar a pessoa a ser condenada à pena de detenção, de um a três anos, ou multa, ou ambas, cumulativamente. Vale ressaltar que os crimes ambientais são inafiançáveis.
Os balões são perigosos, pois além do risco de incêndios, são instaladas cangalhas de fogos de artifício em sua base, que podem estourar perto das pessoas ou das casas. Quando o balão sobe, ele entra em correntes de ar e é levado para locais imprevisíveis, impossíveis de monitorar, podendo atingir residências, florestas, empresas ou veículos. Em casos de emergências o Corpo de Bombeiros do Paraná orienta que entrem em contato pelo telefone 193 e também informem a Policia Militar no telefone 190.
Em 2020, a Copel registrou cinco casos envolvendo balões em suas linhas de transmissão, todos na Região Metropolitana de Curitiba. Já nas redes de distribuição que levam a energia até os consumidores finais as ocorrências são muito mais comuns do que se imagina: foram 1.908 casos registrados com balões na área de concessão da Copel, no ano passado.
O gerente de Segurança do Trabalho da Copel, Alessandro Maffei da Rosa, alerta que, além de desligamentos, o contato destes objetos com a rede pode provocar acidentes.
“Tanto no caso das pipas como dos balões, pode acontecer o dano material, com a falta de luz e até rompimento de cabos, e também o dano às pessoas, o que nos preocupa ainda mais. É preciso que as famílias orientem as crianças a soltarem pipa somente em locais longe da rede elétrica. E que nunca tentem retirar o brinquedo, caso ele enrosque nos fios ou postes”, orienta o engenheiro.