Cidades do Norte e Noroeste do Paraná foram alvo nesta quinta-feira (10) da Operação Delta, coordenada pelo 3º Comando Regional da PM (3º CRPM) e pelo Ministério Público da Comarca de Colorado. As equipes policiais cumpriram 45 mandados de prisão e 11 de busca e apreensão, além de apreenderem um fuzil, uma pistola, três coletes balísticos e diversos objetos usados em ações criminosas.
Com informações da Inteligência e os mandados judiciais expedidos pela Justiça, a PM deflagrou a operação com cerca de 160 policiais militares de 10 unidades operacionais do 3º e 2º CRPMs. As ações ocorreram nas cidades de Maringá, Londrina, Colorado, Paiçandu, Sarandi, Munhoz de Melo, Astorga, Marialva, Arapongas, Querência do Norte, Santa Cruz de Monte Castelo e Santo Inácio.
A ação foi desencadeada para desarticular grupos criminosos envolvidos em homicídios, tráfico de drogas, roubos em geral e roubos de carga. “A operação foi um sucesso e tivemos uma boa repercussão dos resultados de hoje. Conseguimos prender esse pessoal que há tempos atuava em nossa região e até disputava território com outros grupos criminosos”, disse o tenente-coronel Ademar Paschoal, que responde pelo 3º CRPM. “São pessoas extremamente violentas que confrontaram nossas equipes em diversas situações”, afirmou.
A Polícia Militar e o Ministério Público iniciaram diligências a partir dos crimes ocorridos nas regiões de Maringá, Colorado e Londrina. O Serviço de Inteligência do 3º CRPM buscou informações sobre a atividade criminosa, levantando os pontos de atuação dos suspeitos.
O trabalho investigativo levou 10 meses e envolveu as unidades da PM do Norte e Noroeste do Paraná. Foi constatada a existência de grupos envolvidos com o tráfico e que promoviam “tribunais do crime” e possíveis participações em homicídios ocorridos em Colorado e região.
“Além disso, foram constatadas disputas territoriais sobre a venda de drogas e a existência de associação de pessoas para a prática de roubo de caminhões e cargas em rodovias. Fizemos um trabalho que resultou em dezenas de prisões e apreensões. As prisões evitaram que mais vidas se perdessem nos tribunais do crime, explica o tenente-coronel.
RESULTADO – No total foram expedidos 63 mandados de prisão, dos quais 45 foram cumpridos, além dos 11 de busca e apreensão, também já executados. Duas armas (um fuzil de calibre 5,56 e uma pistola de calibre .380), duas balanças de precisão, rádios comunicadores, 26 celulares e dezenas de munições foram apreendidos. Uma caminhonete com alerta de roubo foi recuperada e apreendidos cinco bloqueadores de sinal de veículos.
Em um dos cumprimentos judiciais, ocorrido na cidade de Arapongas, as equipes do 5º Batalhão da PM localizaram o fuzil e munições, além de roupas e acessórios com o símbolo da Polícia Civil na casa de um dos alvos da operação. Os objetos foram encaminhados à delegacia da região e uma investigação deverá ser feita para saber se são materiais roubados da instituição ou falsificados para mascarar as ações criminosas.
“Este homem de Arapongas, que foi um dos alvos da operação, estava sendo procurado há anos e se envolveu em várias ocorrências. Por meio da perícia da Polícia Científica vamos verificar se o fuzil apreendido com ele é o mesmo que foi usado em confrontos contra equipes policiais em situações de roubo na região de Maringá. Ele já tinha sido preso várias vezes e ainda tinha sete mandados de prisão em aberto”, detalha o tenente-coronel Paschoal.
FASE ANTERIOR – Ao longo de 10 meses de investigações, as prisões em flagrante e cumprimento de mandados de prisão dentro do sistema penitenciário, que ocorre quando são identificados mais crimes praticados pelo preso, o que acresce o tempo de prisão. Também foram emitidos mandados fora do sistema penitenciário, somando 30 adultos presos e oito adolescentes apreendidos.
Também foram apreendidos mais de dois quilos de maconha, crack e cocaína, 11 armas de fogo (seis revólveres, três espingardas e duas pistolas), 86 munições de calibres variados, 11 celulares, seis veículos e mais de R$ 12,3 mil em espécie apreendidos.
O tenente-coronel Paschoal afirma que o trabalho da PM segue e mais ações contra o crime organizado devem ser desencadeadas. “Continuamos com as apurações e diligências, todo o material apreendido foi entregue à Polícia Civil para prosseguimento das investigações e contamos com o acompanhamento do Ministério Público para novos desdobramentos”, acrescenta.
Fonte: https://www.pmpr.pr.gov.br