O desembargador Paulo Edison de Macedo Pacheco, do Tribunal de Justiça do Paraná, emitiu nota de esclarecimento pedindo desculpas pelo teor da conversa veiculada, sem conhecimento dos envolvidos, no canal do YouTube do órgão.
Na última quinta-feira (25), antes do início do início da sessão da 1ª Câmara Criminal do TJ-PR, os magistrados conversam, aparentemente, sobre supostos encontros com mulheres.
“Devo esclarecer ter se tratado de inadvertida ‘brincadeira’, em caráter privado, feita com o colega aposentado desembargador Antônio Loyola Vieira”, disse Pacheco, em nota.
“A LOIRA É DO XISTO”
Presidente do colegiado, Paulo Edison de Macedo Pacheco aparece na referida transmissão do YouTube questionando Loyola sobre o comparecimento a um local não especificado.
“Você é um tratante! Ficou de ir lá na sexta-feira e não foi!”, cobra Pacheco. “Não deu, Paulo. Tô numa correria arrumando uns negócios aí. Não deu pra ir. Quero ver se vou amanhã, mas não garanto”, responde o desembargador.
Pacheco continua: “Vou levar as duas lá pra você ver. Uma para você e uma para o Xisto. A loira é do Xisto!” [Adalberto Jorge Xisto Pereira, ex-presidente do TJ-PR]
A conversa é interrompida por algum participante não identificado, que anuncia: “presidente, estamos ao vivo já”.
O vídeo da sessão da 1ª Câmara Criminal do dia 25 de novembro foi retirado do canal do Tribunal de Justiça do Paraná no YouTube, mas o trecho foi clipado por veículos de imprensa, como o Metrópoles:
DESEMBARGADOR PACHECO PEDE DESCULPAS
Além de citar nominalmente o desembargador Antônio Loyola Vieira, o presidente da 1ª Câmara Criminal do TJ-PR, Paulo Edison de Macedo Pacheco, também se desculpou com o outro colega citado.
“Desejo expressar minhas mais sinceras desculpas para com o desembargador Adalberto Jorge Xisto Pereira, que teve seu nome mencionado, mas que, naquele momento, nem sequer participava da desafortunada conversa”, diz a nota.
No texto, Pacheco pede desculpas a todos os jurisdicionados e também “para com toda a magistratura nacional, especialmente as Magistradas”. Leia a íntegra da nota de esclarecimento do desembargador:
“Relativamente ao episódio ocorrido instantes antes da abertura da Sessão de Julgamento realizada pela Primeira Câmara Criminal deste Tribunal no dia 25 p.p., devo esclarecer ter se tratado de inadvertida “brincadeira”, em caráter privado, feita com o colega aposentado Desembargador Antônio Loyola Vieira, tornada pública porque já iniciada a transmissão pelo canal Youtube. Tomando o fato a dimensão alcançada, desejo expressar minhas mais sinceras DESCULPAS para com todos os jurisdicionados e também para com toda a magistratura nacional, especialmente as Magistradas. E, finalmente, para com o Desembargador Adalberto Jorge Xisto Pereira, que teve seu nome mencionado, mas que, naquele momento, nem sequer participava da desafortunada conversa. É o que, no mínimo, cumpria-me esclarecer publicamente.
Desembargador Paulo Edison de Macedo Pacheco”
Reprodução/YouTube