Por Pr. Rilson Mota
Quem frequenta a Praia do Morro do Cristo, em Guaratuba, já deve ter se deparado com um dos personagens mais icônicos das areias: o senhor Antônio, conhecido por todos como “Coxinha Inha Inha Inha”. Com seu grito de guerra peculiar e a habilidade de conquistar turistas com simpatia e educação, Antônio é mais que um vendedor ambulante — ele é um símbolo da praia e parte da memória afetiva de gerações de veranistas.
Um Grito que Conquista
O famoso “Chamou Chamou” ecoa pelas areias desde 1989, quando Antônio começou a trabalhar como ambulante. O som é inconfundível e funciona como um chamado não apenas para quem quer saborear suas deliciosas coxinhas ou o espetinho de frango, mas também para quem busca um sorriso e um pouco de leveza durante o dia de praia.
“O grito dele é inesquecível. Minha filha, hoje com 16 anos, aprendeu a imitá-lo desde pequena. Para nós, ele é uma atração à parte aqui no Morro do Cristo”, conta a turista Márcia Andrade, que visita a praia com a família há mais de 20 anos.
Educação e Respeito: A Marca Registrada
Ao contrário de muitos vendedores que insistem na abordagem, Antônio se destaca pela postura respeitosa e discreta. Ele não empurra seus produtos, mas conquista pela simpatia. “Eu sempre pensei que o cliente tem que se sentir à vontade. Não adianta insistir. Um sorriso e um ‘bom dia’ já abrem muitas portas”, explica o ambulante.
Mais que um Vendedor
Antônio não se limita a vender suas coxinhas e espetinhos. Ele também é um verdadeiro anfitrião das areias. Para os turistas de primeira viagem, ele se transforma em guia informal, oferecendo dicas sobre onde se abrigar em dias de muito sol ou vento, os melhores horários para aproveitar o mar e até mesmo ajudando com guarda-sóis que insistem em voar.
“Uma vez, em um dia de muito vento, meu guarda-sol quase foi parar no mar. O senhor Antônio correu para ajudar. Esse tipo de coisa a gente não esquece”, recorda o turista Rafael Nogueira.
A Luta por Trás do Sorriso
Embora Antônio seja sempre visto com um sorriso no rosto, sua vida não foi fácil. Por trás da alegria que contagia, há uma história de luta e superação. Ele começou a trabalhar como ambulante para sustentar a família, enfrentando longos dias de trabalho sob o sol e as intempéries do clima.
“Não foi fácil chegar até aqui. Mas quando vejo as pessoas felizes, sorrindo por causa de algo que fiz, tudo vale a pena”, revela.
Um Legado de 34 Anos
Antônio faz parte da história do Morro do Cristo. Suas coxinhas, além de deliciosas, carregam o sabor da tradição. Muitas famílias que frequentam a praia há décadas se lembram dele como uma figura indispensável, alguém que transcende o papel de vendedor e se torna um amigo das areias.
A Conexão com as Gerações
Ao longo dos anos, Antônio viu crianças crescerem e se tornarem adultos, muitos deles levando seus próprios filhos para conhecer a praia. “É emocionante ver famílias inteiras voltando ano após ano e me procurando. Algumas pessoas dizem que não se sentem no Morro do Cristo até ouvirem meu grito de guerra”, diz ele, emocionado.
Respeito pelos Ambulantes
Antônio também destaca a importância de valorizar o trabalho dos ambulantes. Para ele, o respeito é fundamental. “A gente está aqui para oferecer um serviço e tornar o dia das pessoas melhor. Todo mundo merece ser tratado com dignidade.”
Figura Conhecida e Querida
Para quem frequenta o Morro do Cristo, encontrar Antônio é um ritual. Ele não é apenas o vendedor de coxinhas e espetinhos, mas um amigo, um rosto familiar que traz conforto. Sua presença representa a essência da praia: acolhedora, simples e autêntica.
Dicas para os Novatos
Para os que ainda não conhecem Antônio, a dica é simples: ao ouvir “Chamou Chamou” ou o famoso “Coxinha Inha Inha Inha”, não perca a oportunidade de provar seus produtos e trocar algumas palavras com ele. Afinal, mais do que coxinhas, ele entrega momentos de alegria e boas memórias.
Conclusão: Um Tesouro do Morro do Cristo
O senhor Antônio, com seu grito inconfundível e coração generoso, é muito mais do que um ambulante. Ele é uma parte viva da história do Morro do Cristo, alguém que transforma simples dias de praia em experiências inesquecíveis.
“Enquanto tiver força, quero continuar aqui, fazendo o que amo e deixando as pessoas felizes”, afirma Antônio. E para quem o conhece, não há dúvida: o Morro do Cristo sem o “Coxinha Inha Inha Inha” não seria o mesmo.
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