A ansiedade por ir ao Litoral sem pagar pedágio fez com que muitos motoristas se antecipassem à abertura das catracas da praça de pedágio da Ecovia, na BR-277, em São José dos Pinhais, Região Metropolitana de Curitiba, ocorrida à 0h00 deste domingo (28).
Um buzinaço espontâneo colocou fim a 24 anos de pedágio em todas as rodovias que passam por território paranaense. A ansiedade por ir ao Litoral sem pagar pedágio fez com que muitos motoristas se antecipassem à abertura das catracas da praça de pedágio da Ecovia, na BR-277, em São José dos Pinhais, Região Metropolitana de Curitiba, ocorrida à 0h00 deste domingo (28).
Pouco antes, alguns veículos ainda pagaram a tarifa, uns porque desconheciam que o encerramento da concessão seria neste sábado, outros porque estavam com pressa para chegar ao Litoral. Porém, quando faltavam cerca de 15 minutos para a abertura das cancelas boa parte dos veículos parou para esperar a liberação. Quando, finalmente, a passagem foi liberada, os condutores festejaram com buzinaço.
A transição foi acompanhada pela força-tarefa integrada estruturada pelos governos Estadual e Federal. O diretor-geral do Departamento de Estradas de Rodagem, Fernando Furiatti, compareceu na praça da Ecovia na BR-277, sentido Litoral. Além de servidores do DER, participaram profissionais da Polícia Rodoviária Federal, Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit), Polícia Civil e Polícia Militar.
“É um momento histórico para o Paraná. É o começo de uma nova história com contratos com preços justos e com obras em execução. O DER está acompanhando a canalização do tráfego, para que ele flua normalmente”, disse Furiatti. Ele contou que não houve incidentes em nenhuma das praças liberadas no fim de semana.
No começo deste domingo, foram liberadas as praças de Prudentópolis/Relógio, Irati, Porto Amazonas, Imbituva e Lapa (relativos à Caminhos do Paraná), Balsa Nova, Palmeira, Carambeí, Jaguariaíva, Tibagi, Imbaú e Ortigueira (Rodonorte) e de São José dos Pinhais (Ecovia).
As praças fechadas na madrugada de sábado foram as de Jacarezinho, Jataizinho e Sertaneja (relativas à Econorte); Arapongas, Mandaguari, Presidente Castelo Branco, Floresta, Campo Mourão e Corbélia (relativas à Viapar) e São Miguel do Iguaçu, Céu Azul, Cascavel, Laranjeiras do Sul e Candói (relativas à EcoCataratas).
ECONOMIA – Luciano, morador em Morretes, fez o cálculo da economia que irá fazer. Todos os dias ele pega legumes hidropônicos em São José dos Pinhais e retorna para distribuir o produto no Litoral. “São R$ 47,60 por dia, em um mês faz diferença”, resumiu.
Gustavo Santiago mora em Paranaguá e, neste domingo, voltava de uma visita a Curitiba. Ele ficou satisfeito com a suspensão do pedágio, mas não descartou a necessidade de tarifar a rodovia. “O valor, segundo soube, vai abaixar, vai ficar muito bom para todo mundo. Porque o valor está muito abusivo”, afirmou.
O morador de Curitiba Lucas Andrade descia ao Litoral com a família na noite de sábado. Ele diz que a economia com o a liberação do tráfego será sentida, pois costuma fazer o trajeto uma vez por semana, pelo menos. “Temos imóveis lá e um comércio da família”, contou, a poucos minutos da abertura das cancelas.
A força-tarefa integrada foi constituída para proporcionar serviços aos usuários das estradas sem a cobrança dos pedágios extorsivos. Participam dessa ação as secretarias de Estado da Infraestrutura e Logística, da Saúde e da Segurança Pública, juntamente com a PRF.
A Polícia Rodoviária Federal também montou operação para acompanhar o término da cobrança do pedágio. “Nosso trabalho aqui é garantir a ordem no local e também orientar os motoristas caso necessário, principalmente a parte de fluidez do trânsito e segurança. A PRF continua fazendo seu trabalho de fiscalização de trânsito e combate à criminalidade”, afirmou Necliciana Andrade, policial rodoviária federal.
O Siate e o Samu permanecem no atendimento a vítimas de acidentes. As polícias rodoviárias Estadual e Federal farão a sinalização e desobstrução das vias.
Ari Dias/AEN