Larissa Myronenko é ex-consulesa ucraniana no Paraná e atualmente mora no país; cidade de Prudentópolis, que tem a maior comunidade ucraniana do Brasil, vive tensão por notícias de familiares, após invasão russa.
A ex-consulesa ucraniana no Paraná Larissa Myronenko, que viveu no Brasil há cerca de 10 anos e atualmente mora em Kiev, capital da Ucrânia, relatou estado de preocupação nesta quinta-feira (24), após a invasão da Rússia ao país.
Ela afirmou ter ouvido os bombardeios e destacou que os ucranianos estão mobilizados.
“Hoje é uma grande tristeza, uma grande decepção de tudo o que aconteceu com a Ucrânia e dizendo mais globalmente, na Europa. Às 5h a Rússia atacou a Ucrânia e fomos testemunhas de bombardeios. Infelizmente, isso é trágico, e há mortos da população civil e feridos. Gostaria de dizer que estamos todos mobilizados”, disse.
Trânsito congestionado na capital da Ucrânia, Kiev — Foto: Reprodução / GloboNews
Larissa reforçou ainda que a população ucraniana tem “grande fé nas forças armadas que agora lutam para a Ucrânia”.
Atualmente, cerca de 600 mil ucranianos vivem em terras brasileiras, o que representa a quarta maior comunidade do mundo.
Aproximadamente 80% desta população vive na cidade de Prudentópolis, no Paraná. A cidade tem a maior comunidade de ucranianos do Brasil.
Invasão russa
A Rússia iniciou, na madrugada desta quinta-feira (24) uma ampla operação militar para invadir a Ucrânia. Há imagens de explosões e movimentações de tanques em diferentes cidades ucranianas. Putin disse às forças ucranianas que deponham as armas e voltem para casa.
“Quem tentar interferir, ou ainda mais, criar ameaças para o nosso país e nosso povo, deve saber que a resposta da Rússia será imediata e levará a consequências como nunca antes experimentado na história”, afirmou o presidente russo, Vladimir Putin.
Baixas entre os ucranianos
O número oficial de soldados ucranianos mortos na invasão russa que começou nesta quinta-feira (24) subiu para cinco, informou o ministério do Interior.
Um militar da defesa aérea morreu na região de Zaporiyia, no sul do país, e quatro guardas de fronteira morreram em várias localidades da região de Kherson, também no sul do país, segundo o ministério.
Fonte: RPC