Britânica relata sua entrada na polêmica igreja suspeita de funcionar como uma seita e alienar seus membros.
Estima-se que mais de 2 mil grupos religiosos suspeitos de serem “seitas” funcionem no Reino Unido, e muitos deles recrutam estudantes.
Jess, uma ex-aluna da Universidade de Salford, conta que foi abordada dentro do campus por dois rapazes, que a convidaram para um “café com Deus”.
Na época, ela estava fragilizada por causa da morte repetina do pai.
A dupla era integrante da Igreja Shincheonji de Jesus, que foi fundada na Coréia do Sul em 1984 e tem fiéis em diversos lugares do mundo.
Os seguidores acreditam que o líder Lee Man-hee, que se autodenomina o “pastor prometido”, vai levar 144 mil pessoas ao paraíso após a segunda vinda de Cristo.
“Eu me tornei uma pessoa completamente diferente. Perdi motivação com relação aos meus estudos”, diz Jess, sobre a época em que frequentava as reuniões do grupo em salas da universidade.
Ela conta que passou a se dedicar intensamente às atividades da igreja e deixar a universidade em segundo plano.
Um porta-voz da Shincheonji diz que o grupo não é uma seita e nega que controle ou manipule seus membros.
A Universidade de Salford diz que o campus é aberto ao público, o que pode causar desafios com relação ao monitoramento de ações feitas por entidades externas.
Por BBC Londres