O exército israelense emitiu uma ordem para que moradores de 23 vilarejos no sul do Líbano evacuem suas casas e se dirijam para áreas ao norte do Rio Awali. O rio, que flui do Vale Bekaa ocidental até o Mediterrâneo, está situado em uma região que tem sido alvo de intensos bombardeios por parte de Israel nas últimas semanas.
A decisão foi comunicada através de uma declaração militar, alertando que as vilas atingidas pelos ataques recentes do exército israelense poderiam estar sob risco contínuo devido ao aumento das atividades do grupo Hezbollah na região. Israel alega que o Hezbollah está utilizando essas localidades para esconder armas e lançar ataques contra seu território. O Hezbollah, grupo armado e político apoiado pelo Irã, nega as acusações de esconder armamentos em áreas civis.
Aumenta a Tensão no Sul do Líbano
O conflito entre Israel e Hezbollah, que ganhou força desde que o grupo libanês começou a lançar foguetes em apoio ao Hamas no contexto da guerra de Gaza, intensificou-se no último mês. Os ataques israelenses no sul do Líbano, no Vale do Bekaa e nos subúrbios ao sul de Beirute causaram a evacuação forçada de aproximadamente 1,2 milhão de pessoas desde 23 de setembro, segundo dados do governo libanês.
Ataques Atingem Missão de Paz da ONU
Em meio à escalada de violência, um membro da missão de paz da Organização das Nações Unidas (ONU) foi atingido por tiros na cidade de Ramyah, no sul do Líbano, na sexta-feira (11). A ONU informou neste sábado (12) que o soldado passou por uma cirurgia para remover a bala e encontra-se estável. Além disso, a posição da missão da ONU na cidade foi severamente danificada por bombardeios próximos, embora a origem dos ataques não tenha sido especificada.
Este é o segundo incidente recente envolvendo soldados de paz da ONU no sul do Líbano. Na sexta-feira, dois soldados da missão foram feridos por um ataque israelense perto de uma torre de vigia, o que gerou condenações de vários países e do próprio órgão internacional.
Deslocamento em Massa
Segundo o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários, mais libaneses foram deslocados nas últimas semanas do que durante a guerra entre Israel e Hezbollah em 2006, quando cerca de 1 milhão de pessoas fugiram de suas casas. A situação no sul do Líbano continua crítica, e as operações militares na região apresentam um cenário incerto para os civis que ainda permanecem em suas casas.
Fonte: AGÊNCIA BRASIL e AMINA ISMAIL E AHMED TOLBA – REPÓRTERES DA REUTERS
Pr. Rilson Mota
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