Por pr. Rilson Mota
A ex-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, sofreu uma nova derrota judicial nesta quarta-feira. A Câmara de Cassação Penal do país, um tribunal de apelações de segunda instância, confirmou a condenação de seis anos de prisão e inelegibilidade perpétua por corrupção. Kirchner já anunciou que vai recorrer à Suprema Corte, última instância onde poderá pedir absolvição, mas a decisão final pode demorar anos. Até lá, Kirchner permanecerá em liberdade e ativa na política. Em 17 de novembro, ela assume a presidência do Partido Justicialista, principal força de oposição ao governo de Javier Milei, com a intenção de organizar o partido e enfrentar o novo governo nas eleições legislativas de 2025.
Após a confirmação da sentença, Javier Milei declarou: “Hoje podemos afirmar sem dúvidas que Cristina Fernández de Kirchner é culpada de atos de corrupção”. A condenação de Kirchner, que ocorreu em dezembro de 2022 no âmbito da chamada Causa Vialidade, afirma que a ex-presidente manteve “relações corruptas” com o empresário Lázaro Báez, encarregado de obras públicas na província de Santa Cruz, reduto político da família Kirchner. Segundo a sentença, Cristina foi considerada a líder de uma organização criminosa montada para beneficiar Báez com mais de 50 contratos milionários. Estes contratos somariam um desvio equivalente a 84 milhões de dólares, de acordo com o câmbio atual.
Em reação, Kirchner afirma ser alvo de “lawfare”, alegando perseguição política por meio de processos judiciais. Em um evento com mulheres em Buenos Aires, ela reiterou sua posição de que essa condenação visa impedir que ela ocupe cargos públicos de forma definitiva. A ex-presidente, que se autoexcluiu de candidaturas há dois anos, agora enfrenta o desafio de reorganizar o peronismo para evitar que Javier Milei aumente sua base de apoio no Congresso nas próximas eleições.
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