Pioneiro no Brasil, o Vale do Genoma de Guarapuava, foi idealizado para realizar transformações e encontrar respostas que levem ao desenvolvimento dos municípios, estados e países de todo o mundo. Tudo isso, através da pesquisa científica de ponta com uso de sequenciamentos genéticos e inteligência artificial. Esse ecossistema de inovação, que já está em funcionamento, é possível por conta da união do governo municipal e estadual, academia, empresas e sociedade civil.
Nesta sexta-feira (23), foi assinado o termo de convênio entre as instituições que concretizam o Vale do Genoma: o Instituto de Pesquisa do Câncer (IPEC); o Cilla Tech Park; a Fundação Araucária; o Governo do Paraná; o Centro de Inovação no Agronegócio; e o Grupo Jacto através da Fundação Nishimura.
“Guarapuava já ultrapassou as fronteiras desde o momento em que a ideia do Vale do Genoma era apenas uma ideia. O que estamos fazendo aqui hoje significa trazer o futuro para a nossa cidade”, disse o prefeito Celso Góes.
A ideia do Vale do Genoma surgiu em 2019, após a visita de uma comitiva liderada pelo ex-prefeito Cesar Silvestri Filho, ao Vale do Silício, nos Estados Unidos. Lá, junto à equipe técnica, empresários e ao Governador do Estado, Ratinho Junior, teve início a concepção de implantar em Guarapuava um espaço inovador, focado em pesquisa e semelhante ao Vale do Silício. “Conseguimos chegar até aqui, mas o Vale do genoma ainda está numa fase embrionária, temos que ter a capacidade de projeta-lo, e torna-lo próspero. O meu desejo é que esse ambiente de inovação faça parte da vida, do dia a dia da população”, explanou o ex prefeito e atual diretor do Cilla Tech Park, Cesar Filho.
Hoje, o trabalho desenvolvido no Vale do Genoma é voltado às áreas da saúde, agropecuária e meio-ambiente, possibilitando a pesquisa inicial, a avaliação de viabilidade, a aplicação da pesquisa e o desenvolvimento dos projetos por meio das startups.
Para que a criação e implantação desse ambiente fosse possível, o conhecimento técnico de pesquisadores, professores, médicos dentre outros profissionais foi fundamental para estruturar a ideia e desenhar o funcionamento. De acordo com o médico e professor David Livingstone Figueiredo, que também é diretor-presidente do Instituto de Pesquisa do Câncer de Guarapuava (Ipec), o grande diferencial do Vale do Genoma é o capital humano. “O grande potencial não é a estrutura física, que também é importante, mas sim o conjunto de capital humano intelectual imensurável que temos”, frisou.
Durante o evento, foi destacado a importância das parcerias para o sucesso de boas ideias. “Estamos vivendo um momento muito importante para Guarapuava, mesmo em tempos difíceis. A palavra parceria tem um significado muito especial e é o que nós estamos vivendo hoje aqui, com instituições importantíssimas unidas para tornar a o Vale do Genoma realidade”, disse a deputada estadual, Cristina Silvestri.
“Cada um tem um segmento, cada um tem conseguido fazer uma parceria interessante, inteligente participando com a expertise que cada um tem. Como é o exemplo do grupo Jacto, que agregou principalmente trazendo toda a experiência em tecnologia voltada para o agro”, completou o empresário e diretor técnico do IPEC, Odacir Antonelli.
Na assinatura do termo de convênio, também estavam presentes, o presidente da Câmara de Vereadores, João Carlos Gonçalves; o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico e Inovação, Sávio Denardi; o Superintendente de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Aldo Nelson Bona; o diretor-presidente da Fundação Araucária, Ramiro Wahrhaftig; o reitor da unicentro, Fábio Hernandes, o reitor da Uniguairacá, Juarez Matias Soares; o presidente da Fundação Shunji Nishimura de Tecnologia, Jiro Nishimura; o diretor executivo da Fundação Shunji Nishimura, Alberto Issamu Honda; Elvis Fusco também da Fundação Nishimura; o conselheiro de inovação do Grupo Jacto, Tsen Chung Kang; e o vice-presidente do Conselho de Administração, Centro de Inovação no Agronegócio, Franklin Shunjiro Nishimura.