Por Pr. Rilson Mota
O trágico atropelamento que vitimou José Maceno de Almeida, de 82 anos, na última semana, em Guarapuava, tem provocado comoção e indignação. O caso envolve o vereador eleito Kenny Rogers, acusado de estar conduzindo o veículo com habilitação vencida no momento do acidente. Enquanto a cidade clama por respostas e justiça, os desdobramentos judiciais e políticos seguem em ritmo intenso, mas o silêncio das principais lideranças partidárias e legislativas tem levantado sérias questões. (LEIA MAIS AQUI SOBRE O CASO)
Uma Defesa de Peso
A família de José Maceno contratou o renomado escritório do advogado criminalista Elias Mattar Assad para conduzir o caso. Conhecido nacionalmente por sua atuação no emblemático julgamento do ex-deputado Carli Filho, o escritório traz a experiência necessária para buscar a responsabilização no caso. Representando a equipe de defesa estão Louise Mattar Assad, Alan Quartiero e Rafael Xalão, profissionais com ampla experiência em casos de repercussão.
Segundo Louise Mattar Assad, o grupo de advogados está aguardando a habilitação de novas provas, incluindo vídeos de câmeras de segurança de estabelecimentos próximos ao local do acidente. “Essas imagens serão cruciais para comprovar a velocidade do vereador e a forma como ele estava conduzindo o veículo”, explica a advogada. Além disso, a equipe já anunciou que irá solicitar a revogação da liberdade provisória concedida a Kenny Rogers, argumentando que o caso não comportava o pagamento de fiança. Fonte: Gmais
Velocidade e Responsabilidade
As imagens que estão sendo anexadas ao processo podem mudar os rumos da investigação. Com elas, será possível avaliar se o vereador conduzia o veículo em alta velocidade, o que agravaria ainda mais sua responsabilidade no acidente. Esse aspecto, somado ao fato de Kenny Rogers estar com a habilitação vencida, evidencia, segundo a defesa, um quadro que justifica sua prisão preventiva.
Louise Mattar Assad argumenta que, ao dirigir sem habilitação válida, o vereador assumiu um risco direto e consciente. “Esse tipo de comportamento não pode ser tratado como um mero deslize administrativo. É uma negligência que coloca vidas em risco e, neste caso, tirou a vida de um inocente”, pontua.
O Silêncio que Ecoa
Enquanto os desdobramentos jurídicos seguem em andamento, um aspecto tem chamado a atenção: o silêncio das instituições. Nem o MDB, partido ao qual Kenny Rogers é filiado, nem a Câmara de Vereadores de Guarapuava emitiram qualquer posicionamento oficial sobre o caso. Essa ausência de manifestação tem sido duramente criticada por cidadãos e entidades locais, que cobram transparência e responsabilidade das lideranças.(LEIA MAIS AQUI SOBRE O CASO)
Por que o MDB, tanto no âmbito municipal quanto estadual, não se pronunciou? Qual é a posição oficial da Câmara de Vereadores diante de um incidente tão grave envolvendo um de seus membros eleitos? Essas perguntas permanecem sem resposta, alimentando a percepção de descaso e conivência.
Um Pedido de Resposta
A equipe de jornalismo da Amor Real Notícias, por meio de seu editorial, decidiu cobrar esclarecimentos formais. E-mails serão enviados à presidência do MDB de Guarapuava, à presidência estadual do partido e ao presidente da Câmara de Vereadores, solicitando posicionamentos oficiais sobre o ocorrido.
A ausência de declarações públicas não apenas agrava o sentimento de injustiça da população, mas também lança uma sombra sobre as instituições, que deveriam zelar pela ética e pela transparência.
Acidentes e Impunidade: Um Problema Sistêmico
O caso de Kenny Rogers não é um evento isolado. O Brasil tem registrado inúmeros acidentes de trânsito fatais envolvendo figuras públicas. Muitas vezes, esses casos são marcados por procedimentos controversos, como a concessão de liberdade provisória mesmo em circunstâncias que indicam culpa evidente.
Especialistas em trânsito criticam a frequente relativização de responsabilidades nesses casos. “Quando se trata de uma figura pública, as ações da Justiça devem ser ainda mais rigorosas, para garantir que não haja percepção de privilégios”.
Um Precedente Perigoso
O fato de Kenny Rogers ter recebido liberdade provisória reforça um precedente perigoso: a ideia de que políticos podem escapar de punições severas em casos de trânsito. Esse cenário não apenas mina a credibilidade da Justiça, mas também perpetua uma cultura de impunidade que coloca vidas em risco.
“Este caso é emblemático porque expõe a fragilidade do sistema em lidar com figuras públicas que cometem delitos graves. A Justiça precisa enviar uma mensagem clara de que ninguém está acima da lei”, reforça um advogado especialista em crimes de trânsito.
A Dor da Família e a Busca por Justiça
Para a família de José Maceno de Almeida, a luta por justiça é uma questão de honra. Aos 82 anos, José era descrito como um homem íntegro, trabalhador e querido por todos que o conheciam. Sua morte deixou um vazio irreparável, mas também despertou a determinação de seus familiares em buscar responsabilização.(LEIA MAIS AQUI SOBRE O CASO)
“Estamos confiantes de que a Justiça será feita. Não se trata apenas do nosso luto, mas de impedir que outras famílias passem pelo que estamos passando”, declarou um parente da vítima.
Um Apelo à Sociedade
O caso Kenny Rogers deve servir como um alerta para a sociedade e para as instituições. É hora de repensar a forma como lidamos com casos de violência no trânsito, especialmente quando envolvem figuras públicas. A responsabilização não pode ser vista como perseguição política, mas como um pilar essencial para a construção de uma sociedade justa e segura.
Enquanto a Justiça não toma sua decisão final, uma coisa é certa: a população de Guarapuava não esquecerá o que aconteceu. A pressão por respostas continua, e o caso deve marcar um divisor de águas na forma como acidentes de trânsito fatais são tratados no Brasil.
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