Durante essa semana os servidores do Aeroporto Regional de Guarapuava Tancredo Thomas de Faria, passaram por uma capacitação por meio de simulação de atendimento para pessoas com deficiência para promover maior acessibilidade e inclusão no atendimento de passageiros. Para o Diretor Superintendente do aeroporto, Adriano Volkweis, o treinamento é uma forma para praticar o atendimento humanizado e eficaz, além de receber sugestões para a melhoria das operações. “O objetivo desses encontros é para que se possa estabelecer uma comunicação mais eficaz e de modo que a gente não cause nenhum tipo de constrangimento para o passageiro, tornando assim a experiência de voar a partir do Aeroporto Regional de Guarapuava agradável e não mais um empecilho” enfatizou o diretor.
Desde 2019, o local é um dos únicos aeroportos do mundo a contar com um aplicativo que promove acessibilidade a pessoas com deficiência visual. A ação atual visa o aprimoramento da acessibilidade que já está disponível. “A ação que está acontecendo é super importante sendo uma via de mão dupla, para as pessoas com deficiência e também para os atendentes, ao saberem como conduzir a pessoa com deficiência visual e também para termos conhecimento de como funciona, a sala com os detectores, além de conhecer todo o espaço físico do aeroporto”, destacou Evenise Andrade, presidente da Associação dos Pais e Amigos dos Deficientes Visuais (APADEVI).
Para Heloana Hick, que é deficiente visual, a simulação serviu para aflorar um desejo que representa o aumento de sua independência. “Eu já viajei várias vezes, mas para mim é uma novidade, pois eu sempre tive vontade de fazer essa experiência de viajar sozinha, eu achei muito bom, é muito válido esse teste, é um aprendizado para gente tambem”, revelou.
Outro encontro realizado nesta semana foi para o aprimoramento das atividades relacionadas ao público surdo. “Quisemos trazer uma experiência para os profissionais que trabalham no aeroporto, não somente focada na questão de sinais mesmo. Mas como eles fariam a comunicação sem saber libras? Então, auxiliamos no desenvolvimento de formas de se comunicar, para que todos pudessem ter o entendimento e as pessoas que aqui trabalham conseguissem passar todos os procedimentos que acontecem durante uma viagem”, explicou Jiane Ribeiro Cwick, coordenadora do Centro de Apoio aoSurdo e aos Profissionais da Educação de Surdos do Paraná – CAS
As simulações continuam nesta semana com pessoas com deficiência intelectual e também com portadores de deficiência física. “O importante de todas essas simulações é para que a nossa equipe de Agentes de Proteção (APAC´s) estejam preparados para situações futuras, podendo processar passageiros nessas condições. Queremos garantir que o Aeroporto Regional de Guarapuava seja um equipamento público que promove a inclusão e que trata todas as pessoas com dignidade, respeito e sem distinções”, salientou o diretor do aeroporto.