Por. Pr. Rilson Mota
Na tarde de 24 de fevereiro de 2025, o bairro Entre Rios, em Guarapuava, foi palco de uma história que desafia os estereótipos e expõe uma realidade muitas vezes escondida: a violência contra o homem existe e é tão real quanto qualquer outra. Às 14h43min, um chamado ao Centro de Operações da Polícia Militar (COPOM) trouxe à tona o drama de um homem de 33 anos, que enfrentou a fúria de sua ex-convivente, uma jovem de 26 anos, em uma sequência de agressões que começou dois dias antes e deixou marcas visíveis em seu corpo e em sua vida.
Tudo começou em 22 de fevereiro, por volta das 16h, quando o solicitante se preparava para sair ao trabalho. Sua ex-convivente, incapaz de aceitar o fim do relacionamento, transformou o adeus em ataque. Com uma faca em mãos, ela tentou contra a vida dele, mas familiares conseguiram detê-la antes que o pior acontecesse. Não satisfeita, ela cravou as unhas no ombro direito dele, deixando um hematoma, e depois pegou um pedaço de madeira para golpeá-lo novamente.
O homem, em um reflexo de defesa, conseguiu escapar e correu para a casa de um irmão ao lado, buscando refúgio. Mas a ex-convivente não desistiu: trancou-se no quarto e, quando ele retornou, surgiu com a faca na cintura, pronta para mais. Foi uma cunhada que, com coragem, a conteve, evitando uma tragédia que já pairava como uma nuvem negra sobre Entre Rios. O solicitante saiu de casa apenas com a roupa do corpo, carregando o medo de uma ameaça clara: “Se ele voltar, eu mato”, avisou ela aos familiares.
Esse caso não é um acidente isolado; é um sinal de que a violência não escolhe gênero, embora muitas vezes fique nas sombras quando o alvo é um homem. Em Guarapuava, a narrativa comum foca nas mulheres — e com razão, dado o peso da epidemia de feminicídios —, mas histórias como a desse homem de 33 anos mostram que a brutalidade pode inverter os papéis, exigindo que olhemos para todos os lados dessa crise.
A ex-convivente, aos 26 anos, não aceitou o fim e transformou a rejeição em violência, um padrão que reflete uma incapacidade de lidar com frustrações que não perdoa sexo ou idade. O hematoma no ombro e os golpes de madeira são provas físicas de uma raiva que poderia ter ido além, não fosse a intervenção da família. Esse homem escapou com vida, mas o trauma de ser atacado por quem já foi parceira não se apaga fácil.
Entre Rios, é um Distrito onde a um misto de trabalhadores e famílias simples com o contrate de famílias com poder aquisitivo muito alto, viu-se no olho desse furacão doméstico. A polícia chegou para ouvir o relato, mas o agressor já estava fora de alcance, deixando o solicitante com nada além de orientações sobre como buscar proteção legal. Ele saiu de casa sem pertences, um fugitivo da própria vida, enquanto a ameaça pairava como uma sentença pendente.
A violência contra o homem, embora menos discutida, é uma realidade que Guarapuava e o Brasil precisam encarar, e embora os dados foquem nas mulheres, homens como esse de 33 anos estão nas entrelinhas, sofrendo em silêncio por medo do julgamento ou da incredulidade. Isso não diminui a luta feminina; apenas mostra que o caos da violência familiar é um monstro de muitas faces.
Esse caso é um alerta: a violência contra a mulher deve ser contida, mas a contra o homem também exige atenção. O machão de cozinha que bate na esposa tem seu espelho nesse tipo de agressor que inverte os papéis, e ambos são sintomas de uma sociedade que falha em ensinar respeito e autocontrole. Em Guarapuava, a epidemia de violência não tem gênero — ela destrói todos que toca.
Aos leitores do Amor Real Notícias, nosso compromisso é trazer a verdade com coragem e clareza. Esse homem do Distrito Entre Rios é uma voz que não podemos ignorar, assim como as mulheres que sofrem diariamente. A polícia orientou, mas a solução vai além: precisamos de leis que protejam todos, de famílias que enfrentem o problema de frente e de uma cidade que diga “basta” a qualquer violência.
Chega de aceitar que pessoas — homens ou mulheres — vivam com medo em suas próprias casas. Guarapuava precisa conter essa epidemia com justiça rápida, apoio real e uma mudança que comece na raiz, antes que mais vidas sejam marcadas por facas, madeira ou silêncio. Que Entre Rios seja o grito que nos acorde para essa luta dupla, e que o Amor Real Notícias siga iluminando o caminho.
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