Por Pr. Rilson Mota
Na manhã de 2 de março de 2025, o bairro Industrial, em Guarapuava, acordou com um espetáculo que ninguém pediu: um Ford/Fiesta estacionado como um intruso desajeitado sobre uma rotatória, às 07h14min. O chamado ao Centro de Operações da Polícia Militar (COPOM) veio de um cidadão atento, que viu no veículo não apenas uma infração, mas um perigo engarrafado. O que começou como um carro mal parado virou um caso de embriaguez ao volante que Guarapuava não esquecerá tão cedo.
A polícia chegou ao local com a prontidão de quem sabe que as ruas não perdoam imprudências. Lá estava o Fiesta, desafiando a lógica da rotatória, suas rodas plantadas no passeio como se o motorista tivesse confundido o concreto com uma garagem. Ao avistar a viatura, o condutor, um jovem de 24 anos, tentou sair da cena — mas o ronco do motor não escondia o que seus olhos e passos já entregavam: a névoa do álcool o guiava mais que o volante.
A abordagem foi um retrato em câmera lenta de uma tragédia evitada. O rapaz, com a fala arrastada e o equilíbrio de quem dança sobre uma corda bamba, não precisava de palavras para confessar — seu corpo gritava embriaguez. A busca pessoal e no carro não encontrou armas ou drogas, mas o teste do etilômetro, oferecido sem pressão, pintou o quadro: 0,78 mg/L de álcool no ar que ele soprava, um número que transformava o Fiesta em uma bomba sobre rodas.
Industrial, com suas ruas largas e trabalhadores que começam cedo, não merecia esse susto matinal. O condutor, questionado, admitiu ter bebido — uma confissão que caiu como uma pedra no lago tranquilo da manhã. Ele não era apenas um jovem sem juízo; era um risco que poderia ter virado manchete por razões bem piores que uma rotatória mal estacionada. A polícia, com a firmeza do dever, deu voz de prisão, encerrando a aventura antes que ela se tornasse fatal.
O Fiesta, mais vítima que cúmplice, foi notificado e levado ao pátio do 16º Batalhão da Polícia Militar, suas rodas gastas agora em repouso forçado. O jovem de 24 anos seguiu para a Polícia Judiciária, onde a lei traçaria o destino de uma manhã que começou com copos e terminou com algemas. Em Guarapuava, onde o trânsito já carrega o peso do dia a dia, esse caso é um alerta que ressoa como um sino grave.
A embriaguez ao volante não é novidade, mas cada caso corta como uma faca nova. Em 2023, o Brasil viu milhares de vidas perdidas por motoristas que misturam álcool e direção, e em 2025, Guarapuava soma mais um ponto nesse placar que ninguém quer ver crescer. O condutor, com seus 0,78 mg/L, não bateu, não matou — mas poderia. A rotatória do Industrial foi palco de uma imprudência que, por sorte, acabou em prisão, não em lágrimas.
Esse jovem não é um vilão de capa preta; é um reflexo de uma cidade que luta contra os demônios da bebida nas estradas. A operação Lei Seca, com seus faróis e bafômetros, é o escudo que Guarapuava ergue contra esses riscos, mas o Fiesta na rotatória mostra que o perigo ainda anda solto. A polícia agiu, mas a pergunta fica: quantos outros estão por aí, esperando o próximo cruzamento?
Aos leitores do Amor Real Notícias, entregamos essa história com a seriedade de quem vê além do óbvio: esse não é só um caso de trânsito, é um espelho de escolhas que podem quebrar mais que um carro. O jovem de 24 anos perdeu o Fiesta e a liberdade por uma noite, mas Guarapuava ganhou um respiro — um final que poderia ter sido escrito em sangue.
O bairro Industrial, com sua rotina de fábricas e trabalhadores, merece acordar em paz, não com o ronco de um bêbado na rotatória. Que o 16º BPM guarde esse Gol como um troféu de uma batalha vencida, e que o Amor Real Notícias siga contando essas histórias, com vocês, até que as ruas de Guarapuava sejam só caminho, não risco.
Esse é o Paraná real, onde o álcool ainda pega o volante e a polícia corre contra o tempo. O condutor de 24 anos é um lembrete: a Lei Seca não dorme, e Guarapuava não pode baixar a guarda. Que o próximo amanhecer traga faróis acesos e mentes sóbrias — porque essa é a única estrada que queremos ver.
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