Por Pr. Rilson Mota
Na madrugada de 26 de fevereiro de 2025, o bairro Jardim das Américas, em Guarapuava, foi palco de mais um capítulo sombrio de violência contra a mulher — o segundo só naquele dia. Às 01h21min, o Centro de Operações da Polícia Militar (COPOM) recebeu um chamado que cortou a noite: uma jovem de 21 anos e sua irmã de 26 foram ameaçadas de morte por um ex-companheiro de 31 anos em uma lanchonete, um espaço que deveria ser de lazer, mas virou arena de medo. Até quando vamos noticiar essa epidemia que não dá trégua?
A história começou como tantas outras: um fim de relacionamento que ele, cinco meses depois, ainda se recusa a aceitar. As irmãs, aproveitando a noite na lanchonete, foram surpreendidas pelo homem que transformou saudade em ódio. Ele as encontrou e despejou uma enxurrada de insultos — “vagabundas”, “biscates”, “putas” —, palavras que cortam como lâminas, antes de levar a mão à cintura, sugerindo uma arma que prometia mais que injúrias: a morte.
A coragem das duas mulheres brilhou em meio ao terror. Elas acionaram a Polícia Militar, buscando refúgio na lei contra um ex que não entende o significado de “fim”. Quando a equipe chegou, o agressor já havia fugido em seu Chevrolet Celta verde, escapando como um sombra na noite. Mas o destino gosta de reviravoltas, e ele voltou ao local — talvez por arrogância, talvez por descuido —, apenas para ser pego pela polícia que já registrava o relato das vítimas.
A abordagem foi rápida e precisa: o homem foi detido, mas nada de ilícito foi encontrado com ele ou no carro. A arma, se existiu, ficou no reino das ameaças, mas o peso das palavras e do gesto já tinha feito seu estrago. Ele foi levado à Delegacia de Polícia Judiciária junto com as irmãs, onde a justiça começará a desenhar as consequências. O Celta, com pendências de licenciamento, acabou no pátio do 16º BPM, um detalhe burocrático que não apaga a gravidade do que aconteceu.
Esse caso é o segundo do dia em Guarapuava — horas antes, em Morro Alto, uma jovem de 19 anos levou um chute no rosto do convivente. Até quando? A pergunta ecoa como um sino fúnebre, porque a violência contra a mulher não é mais uma surpresa; é uma rotina que envergonha. Em Jardim das Américas, as irmãs de 26 e 21 anos são mais do que vítimas: são provas de uma epidemia que não podemos aceitar como normal.
O ex-amasio de 31 anos não é um vilão isolado; ele é o reflexo de uma mentalidade que acha que o amor justifica o controle, que a rejeição dá direito à ameaça. Em 2023, o Brasil já contava milhares de casos assim, e em 2025, Guarapuava segue somando histórias que começam com discussões e terminam em medo ou sangue. A polícia age, prende, mas o ciclo não para — e o leitor tem o direito de perguntar: cadê a solução?
A lanchonete, um lugar de lanches e risadas, virou cenário de um pesadelo que poderia ter acabado em tragédia. A jovem de 21 anos, cinco meses livre de um relacionamento que ele não larga, viu sua liberdade ser desafiada por um homem que prefere injuriar a aceitar. Sua irmã, ao lado dela, tornou-se alvo colateral de uma raiva que não explica, mas machuca.
Aos leitores do Amor Real Notícias, entregamos essa verdade com peso: a violência contra a mulher é uma ferida aberta em Guarapuava, e esse é o segundo caso que contamos hoje. Não queremos mais escrever essas linhas, mas enquanto homens como esse de 31 anos continuarem a ameaçar e ferir, nossa voz não vai calar. A prisão é um passo, mas não basta — precisamos de justiça que puna e previna.
Essa epidemia tem que acabar. Guarapuava não merece ser conhecida por isso — por irmãs assustadas em lanchonetes ou mulheres agredidas em casa. A polícia faz seu papel, mas a sociedade precisa acordar: até quando vamos deixar o medo ser rotina? Que Jardim das Américas seja o último eco dessa violência em 25 de fevereiro, e que amanhã seja um dia sem manchetes assim.
A jovem de 21 anos e sua irmã sobreviveram à ameaça, mas o próximo caso pode não ter esse final. A violência contra a mulher precisa ser contida com leis mais duras, educação que mude mentes e uma cidade que diga “chega”. O Amor Real Notícias está aqui pra mostrar isso, com vocês, até que essas histórias sejam passado — porque já passou da hora.
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