Por Pr. Rilson Mota
A manhã desta sexta-feira, 14 de dezembro de 2024, amanheceu sob os ecos de uma votação que marcou profundamente os bastidores da política guarapuavana. A Câmara de Vereadores viveu, na noite anterior, um debate acalorado que expôs as contradições, interesses e manobras que permeiam o cenário político local. O que deveria ser uma discussão técnica e democrática sobre o orçamento municipal transformou-se em uma aula de como não legislar em prol do povo.
A Votação que Dividiu Guarapuava
A sessão tinha como objetivo votar emendas à Lei Orçamentária Anual (LOA), propostas pelo presidente da Câmara, Pedro Moraes. Entre as principais alterações, destacava-se a redução da alíquota de remanejamento do orçamento de 17% para 3%, além da destinação de recursos da reserva de contingência para o pagamento de emendas impositivas. Na prática, as medidas restringiriam a capacidade de gestão do futuro prefeito, Denilson Baitala, antes mesmo de sua posse.
A votação revelou um cenário polarizado. Enquanto alguns vereadores defenderam as emendas como um “mecanismo de controle”, outros denunciaram o que consideraram uma tentativa de engessar a administração e prejudicar o desenvolvimento de Guarapuava. O resultado foi a rejeição das propostas, em uma vitória que muitos acreditam ser do povo.
O Papel da Câmara e o Fisiologismo Político
O debate escancarou a falta de compreensão sobre o papel do vereador. A função primordial de legislar em favor do bem-estar da população foi substituída por interesses políticos e partidários. O fisiologismo, caracterizado pela troca de favores e a busca de benefícios pessoais, pareceu ser a estrela da noite, ignorando as reais necessidades dos guarapuavanos.
A tentativa de impor restrições ao futuro governo não apenas desrespeitou os princípios democráticos, como também prejudicaria diretamente os munícipes. Sem a flexibilidade necessária no orçamento, a capacidade de resposta a emergências e a execução de políticas públicas ficariam comprometidas.
As Surpresas no Plenário
A votação trouxe reações inesperadas. A vereadora Terezinha, do PT, surpreendeu ao votar contra as emendas. Sua justificativa foi simples, mas poderosa: coerência. “Por que aprovar algo agora que foi rejeitado nos últimos quatro anos?”, questionou. O gesto foi recebido com aplausos, inclusive de setores conservadores.
Por outro lado, Cristóvão da Cruz, do partido Novo, chocou ao votar a favor das propostas de Moraes. Representante de uma plataforma de austeridade e mudança, sua posição gerou críticas e questionamentos. Nos bastidores, há especulações sobre alianças estratégicas ou interesses futuros, dado o alinhamento de Moraes com o PT.
Guarapuava Amanhece Dividida
O “dia seguinte” é marcado pela divisão entre os que apoiaram e os que condenaram as decisões da Câmara. Nas ruas e redes sociais, a população questiona: quais os reais interesses por trás das emendas? A quem os vereadores estão servindo? Essas dúvidas reforçam a necessidade de maior transparência e diálogo entre representantes e representados.
Uma Aula de Como Não Ser Vereador
A sessão expôs o distanciamento entre os políticos e o povo. Problemas históricos, que há décadas aguardam soluções, foram tratados de forma apressada e superficial, sem espaço para o contraditório. Ao invés de buscar consenso, muitos vereadores priorizaram agendas pessoais ou partidárias, esquecendo que seu papel é servir à população.
A Importância do Voto Consciente
Os eventos da última noite devem servir de alerta para os eleitores. O voto define o futuro da cidade e não pode ser tratado com negligência. É fundamental eleger representantes comprometidos com o bem comum, que tenham currículo e capacidade para legislar de forma ética e eficiente. Políticos fisiologistas, que colocam seus interesses acima dos do povo, não devem ter espaço em cargos públicos.
A Responsabilidade da População
Embora seja fácil criticar os vereadores, a responsabilidade maior recai sobre os eleitores. A falta de engajamento e análise criteriosa na escolha de candidatos perpetua ciclos de incompetência e corrupção. É hora de a população de Guarapuava assumir seu papel como protagonista da democracia e exigir mais de seus representantes.
O Futuro de Guarapuava
A rejeição das emendas foi uma vitória simbólica, mas o caminho para uma Guarapuava mais justa e desenvolvida exige muito mais. É preciso uma Câmara de Vereadores que atue como parceira do progresso, e não como obstáculo. O desafio agora é transformar o “dia seguinte” em um marco de reflexão e mudança, construindo uma política que verdadeiramente represente os anseios do povo.
Que este episódio inspire não apenas críticas, mas também ações concretas rumo a uma cidade mais unida e democrática. Afinal, quem deve vencer, sempre, é o povo de Guarapuava.
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