Na noite de 25 de outubro de 2024, um caso de lesão corporal por violência doméstica foi registrado na UPA do Trianon, em Guarapuava. A vítima, uma mulher de 27 anos, relatou que foi agredida por seu ex-companheiro, de 34 anos, durante uma discussão em um bar. O incidente teria começado quando o agressor não conseguiu dinheiro para pagar a conta, o que desencadeou uma sequência de xingamentos e agressões físicas.
Segundo a vítima, o homem tentou lançar um copo em seu rosto, mas, ao proteger-se com as mãos, sofreu ferimentos nos dedos. O agravante é que, apesar da existência de Medidas Protetivas de Urgência, ambos estavam convivendo juntos em Curitiba, o que evidencia a quebra da determinação judicial. O agressor foi localizado pela equipe policial em frente à unidade hospitalar e, após ser abordado e não portando nada ilícito, recebeu voz de prisão.
O casal foi encaminhado à Delegacia de Polícia Judiciária para a formalização dos procedimentos legais. A situação ilustra a complexidade das relações abusivas, que muitas vezes se estendem além das medidas legais, perpetuando o ciclo da violência mesmo com a imposição de ordens de proteção.
Comentário: A Urgência de Políticas Eficazes e o Ciclo da Violência Invisível
Este caso chama atenção para um problema grave e recorrente: a ineficiência de medidas protetivas quando não há acompanhamento adequado. Mesmo sob proteção judicial, a vítima ainda estava convivendo com o agressor, o que evidencia uma lacuna entre a decisão legal e a realidade cotidiana. Esse tipo de falha é preocupante, pois expõe vítimas à revitimização, prolongando o sofrimento e colocando em xeque a eficácia das políticas públicas de proteção.
O episódio também destaca a dinâmica complexa do abuso, que não se limita apenas às agressões físicas, mas envolve manipulação emocional, dependência financeira e controle. A frustração do agressor por não conseguir pagar a conta serviu como gatilho para desencadear a violência, mostrando que a agressão muitas vezes é o resultado de uma tentativa de afirmação de poder em situações de vulnerabilidade.
Por fim, é essencial que a sociedade e as autoridades se mantenham vigilantes quanto à execução das medidas protetivas e ofereçam apoio contínuo às vítimas. Não basta emitir ordens de afastamento se não houver fiscalização e mecanismos para garantir que a vítima consiga romper definitivamente o ciclo da violência. Somente com ações integradas entre Justiça, segurança e assistência social será possível evitar que casos como este se tornem tragicamente comuns.
Pr. Rilson Mota
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