Por Pr. Rilson Mota
Na noite desta terça-feira (28), às 19h41, o bairro Cascavel em Guarapuava viu-se palco de uma cena que parecia mais saída de um roteiro de filme B do que da vida real. Uma mulher de 42 anos, preocupadíssima, acionou a polícia para relatar um caso de maus-tratos que estava acontecendo em sua própria família.
A solicitante contou uma história de dor e desespero sobre sua filha de 22 anos, que, segundo ela, estava constantemente embriagada, tratando mal e agredindo fisicamente suas duas netas. Uma das crianças já havia sido acolhida pela avó, pois a condição de vida junto à mãe era insustentável.
Naquela noite específica, a filha da solicitante, mais uma vez sob o efeito do álcool, havia agredido sua filha de apenas 7 anos. A casa onde a tragédia se desenrolava estava aberta, desarrumada e suja, um reflexo do caos que reinava ali.
Ao chegar, a equipe policial encontrou a autora, a jovem mãe, em um estado avançado de embriaguez, gritando e falando coisas sem sentido. Ela não recebeu bem os oficiais, pelo contrário, começou um show de desacato, xingando-os com termos como “bosta”, “nóias”, “cheiram pó”, “vagabundos”, e “vocês com essas fardas são uns lixo”.
As ameaças não pararam por aí. Ela prometeu que o episódio “não ficaria barato”, enquanto os policiais tentavam, em vão, que ela obedecesse às ordens legais de se acalmar e colocar as mãos para trás, preparando-se para a detenção.
Enquanto isso, o Conselho Tutelar foi acionado, mas a avó paterna, mostrando uma responsabilidade que a mãe não conseguia, chegou para ficar com a criança de 7 anos, garantindo-lhe um abrigo seguro.
A resistência da mãe foi física tanto quanto verbal. Ela empurrou, deu socos e chutes contra os policiais, transformando uma simples prisão em uma batalha pela manutenção da ordem. Mesmo dentro da viatura, sua fúria continuou, batendo incessantemente no camburão, como se tentasse escapar da realidade que ela mesma havia criado.
Chegando à delegacia, a autora continuou a injuriar e caluniar a equipe, provando que sua embriaguez não era apenas física, mas também moral. Ainda algemada no corrimão, devido à presença de um preso masculino nas celas, ela chutou a perna direita de uma policial, num ato de agressão que só adicionou mais um crime à sua lista.
Em meio a gritos e desacatos, com insultos como “Noia”, “Vagabundos”, “Filhos da Puta”, a autora demonstrou um descontrole absoluto, exacerbado pelo álcool que governava suas ações e palavras.
A equipe policial, com paciência e profissionalismo, registrou tudo no Boletim de Ocorrência, documentando cada ato de resistência, desobediência, desacato, e as lesões corporais contra uma autoridade, além dos maus-tratos e violência contra a criança.
A situação em Cascavel foi um lembrete doloroso de como o abuso de substâncias pode destruir uma família, transformando o que deveria ser um lar em um campo de batalha, onde as vítimas mais inocentes são as crianças.
A noite, que deveria ser de descanso, foi de trabalho duro para a polícia, que teve que lidar com um caso de violência doméstica que escalou para um confronto direto com a autoridade constituída.
A avó, que assumiu a responsabilidade pela neta, representou um fio de esperança em meio ao caos, mostrando que nem todos os membros daquela família haviam perdido a noção de cuidado e amor.
O caso levanta questões sobre a proteção das crianças, a responsabilidade dos pais, e os limites que o abuso de álcool pode ultrapassar, deixando um rastro de destruição.
Para os policiais, foi uma noite de enfrentar não só o crime, mas também o desrespeito e a agressão direta, tudo em nome de proteger os mais vulneráveis.
Esta história, que começou como um relato de maus-tratos, terminou em um caldeirão de crimes, onde a autora agrediu, desacatou, resistiu, desobedeceu e ameaçou, mostrando a face mais sombria do que pode acontecer quando o controle é perdido.
A comunidade de Cascavel, que provavelmente ouviu os gritos e viu a movimentação policial, agora reflete sobre a importância da vigilância e do apoio aos mais fracos, especialmente quando a própria família não consegue ou não quer oferecer proteção.
E assim, com a noite se esvaindo, Guarapuava testemunhou um episódio que será lembrado não apenas como uma noite de trabalho policial, mas como um momento de reflexão sobre os laços familiares, a responsabilidade e a necessidade de intervenção para proteger aqueles que não têm voz.
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