Atacante encerra o ano com 17 gols e 17 assistências em 46 partidas pelo PSG e pela Seleção. Veja os números e o comparativo ano a ano desde 2013
Fora dos gramados desde o fim de novembro devido a uma lesão no tornozelo, Neymar vai fechar 2021 com uma marca ingrata. Aos 29 anos, o atacante do Paris Saint-Germain teve o seu ano com pior média de gols e assistências por jogo desde que desembarcou na Europa, em 2013.
O brasileiro sequer marcou pela Liga dos Campeões em 2021. Na edição ainda em andamento, Neymar passou em branco na fase de grupos, além de não ter conseguido furar a defesa nos quatros jogos válidos pelo mata-mata da temporada anterior, nos meses de abril e maio. O último gol do camisa 10 na competição foi em dezembro de 2020.
Pelo Campeonato Francês, Neymar somou nove gols e duas assistências em 21 confrontos, também com pior média desde que chegou ao PSG. Em 2019, por exemplo, mesmo com seis jogos a menos que neste ano devido à sua lesão no pé direito, ele balançou as redes 12 vezes e deu seis passes decisivos.
Na campanha da Copa América, entre junho e julho no Brasil, quem levou a melhor foram os argentinos. Enquanto ele fez dois gols, Messi foi o artilheiro, marcando o dobro, e ficou com a taça. Durante as Eliminatórias, meses depois, o atacante recebeu críticas sobre sua condição física.
O desempenho foi refletido na Bola de Ouro. Neymar terminou no 16º lugar, segunda pior colocação do brasileiro na tradicional premiação da France Football, atrás apenas do ano de 2019, quando ele sequer foi indicado entre os 30 finalistas.
Apesar de o somatório de gols e assistências em 2021 ter sido superior ao dos últimos dois anos, a atual média de eficiência é pior. O atacante atuou menos em 2020, quando contribuiu 32 vezes em 29 jogos, assim como nas 28 participações em gols em 26 partidas realizadas em 2019, quando sofreu com sua segunda fratura no pé direito.
O camisa 10 registra 130 jogos pelo PSG, mas foi desfalque em 115 partidas no clube desde que foi contratado, por lesão ou outros motivos. A fissura no quinto matatarso do pé direito ocorreu em 2018. No ano seguinte, a história se repetiu. Com uma nova fratura constatada no pé direito, ele perdeu os jogos contra Manchester United e assistiu ao time cair novamente na mesma fase, em 2019.
Nas quatro tentativas de levantar a orelhuda pelo Paris, é impossível dizer que Neymar esteve 100% saudável em alguma dessas campanhas. O brasileiro jogou a final contra o Bayern de Munique, no ano de 2020, mas sentindo a coxa, faltou dois compromissos ainda pela fase de grupos.
Na última Champions, que terminou em maio, foi baixa em três confrontos por causa de queixas nos adutores e não enfrentou, por exemplo, o Barcelona, seu antigo clube, pelas oitavas. Para a partida contra o Real Madrid, em fevereiro de 2022, a previsão é que camisa 10 esteja recuperado de sua lesão atual, no tornozelo esquerdo.
Desde que desembarcou na capital francesa, 2020 pode ter sido seu grande ano, quando esteve perto de conquistar a Liga dos Campeões. No entanto, os melhores números foram atingidos em 2018, em seu primeiro ano completo com a camisa do PSG: 34 gols e 18 assistências em 42 jogos, totalizando uma média de 1,24 participações por gol.
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Neymar tem seu pior ano em média de gols e assistências desde que chegou à Europa — Foto: Getty Images
Por Letícia Oliveira* — Rio de Janeiro
* Estagiária, sob supervisão de Daniel Mundim