Secretário-geral da ONU participa de reunião no Conselho de Segurança sobre o Afeganistão, marcada para segunda-feira pela manhã; António Guterres pede também que trabalhadores humanitários tenham acesso desimpedido ao país.
O secretário-geral das Nações Unidas está acompanhando, com muita preocupação, a situação no Afeganistão. Neste domingo, António Guterres divulgou um comunicado, onde faz um “apelo ao Talebã e a todas as partes, para exercerem contenção máxima para proteger vidas e garantir que as necessidades humanitárias sejam atendidas.”
O chefe da ONU participará de uma reunião do Conselho de Segurança sobre o Afeganistão, marcada para as 10h de segunda-feira, hora local em Nova Iorque. Unicef/HusseiniMenina de 12 anos segura a irmã em campo para deslocados internos em Herat, no Afeganistão
Direitos das Mulheres
Guterres lembra que o conflito já forçou dezenas de milhares de pessoas a abandonarem suas casas e há relatos de “sérios abusos de direitos humanos e de violações nas comunidades mais afetadas” pela violência.
O secretário-geral da ONU “está especialmente preocupado com o futuro das mulheres e das meninas” e lembra ser preciso proteger os direitos delas, que foram duramente conquistados.
António Guterres quer o fim de todos os abusos e pede ao Talebã, e a todos os outros lados, para “garantir que a lei humanitária internacional e os direitos e liberdades de todas as pessoas sejam respeitados e protegidos.”Unama/Fardin WaeziPrédio em Cabul após ataque reivindicado pelo Talebã há dois anos
Acesso humanitário
Segundo o chefe das Nações Unidas, a necessidade de assistência humanitária aumenta, ao mesmo tempo em que o ambiente se torna mais restrito com a escalada do conflito. Guterres faz um apelo a todos os lados para garantir que os trabalhadores humanitários tenham acesso desimpedido para entregar serviços essenciais aos afegãos.
Na nota, ele destaca que as Nações Unidas continuam determinadas em “contribuir para a paz, para a promoção dos direitos humanos, especialmente das mulheres e das meninas, e para fornecer ajuda humanitária vital e apoio crítico e todos os civis que precisam de assistência.”