Da Redação, Guarapuava 07 de Novembro de 2024.A democracia é uma conquista preciosa e complexa, resultado de séculos de luta pela liberdade e pelo direito de cada cidadão expressar sua voz. No Brasil, o voto representa esse poder: ele é o instrumento pelo qual cada pessoa pode escolher aqueles que devem zelar pelo bem público e pela justiça social. No entanto, essa beleza democrática é ofuscada por um sistema eleitoral que ainda permite a candidatura de figuras envolvidas em escândalos de corrupção. Reformar esse sistema é um passo crucial para restaurar a confiança dos eleitores e fortalecer a própria democracia.
Para evoluir, o sistema eleitoral precisa de mecanismos mais rígidos e eficazes que impeçam candidatos com históricos comprovados de corrupção de concorrerem a cargos públicos. A criação de filtros mais robustos, que envolvam tanto o Judiciário quanto órgãos de controle, seria um primeiro passo. A Lei da Ficha Limpa trouxe avanços, mas é necessário ir além, estabelecendo critérios que incluam a análise de investigações e processos em andamento, com penalidades preventivas que resguardem o pleito de figuras com condutas antiéticas.
Outra medida seria o fortalecimento das instituições responsáveis pela fiscalização e transparência eleitoral, como o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e o Ministério Público Eleitoral, para que possam monitorar e impedir o avanço de campanhas financiadas por esquemas ilícitos. A transparência de fontes de financiamento e o monitoramento de despesas são fundamentais para garantir que as campanhas sejam éticas e livres de influências que comprometem o interesse público.
Quando um candidato corrupto é eleito, as consequências para a população são profundas e duradouras. Governos e mandatos tomados por figuras envolvidas em corrupção tendem a desviar recursos públicos que deveriam ser destinados a áreas essenciais, como saúde, educação e infraestrutura. O eleitor, que deposita sua confiança nas urnas, é quem mais sofre com a falta de investimentos em serviços de qualidade, altos impostos e o desvio de recursos que agravam as desigualdades. A corrupção nos cargos públicos cria um ciclo de descrédito e prejudica diretamente a população, que vê suas necessidades negligenciadas em favor de interesses privados.
A verdadeira beleza da democracia está na sua capacidade de renovação, de dar voz a cada indivíduo e de promover uma sociedade justa. É um sistema que, quando bem estruturado, protege o cidadão e oferece oportunidades reais de mudança. Com uma reforma que valorize a integridade e a honestidade, o Brasil pode avançar para um modelo eleitoral que seja, de fato, um reflexo da vontade do povo — e não uma arena de figuras comprometidas com seus próprios interesses. Afinal, em uma democracia plena, o voto é um ato de esperança e de confiança, e cabe a todos zelar para que ele nunca perca esse valor.
Por Pr. Rilson Mota
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