Por Pr. Rilson Mota
No capítulo 6, John Bevere continua explorando as consequências da desobediência e suas raízes, exemplificando com a história de Saul, primeiro rei de Israel. Bevere detalha os efeitos do engano espiritual e os processos que levam à rebelião contra Deus. O capítulo oferece uma análise profunda sobre como a desobediência parcial, frequentemente mascarada por boas intenções, é vista como rebelião diante de Deus.
A Desobediência de Saul
Bevere inicia relatando a ordem divina dada a Saul para destruir completamente os amalequitas e tudo o que lhes pertencia. Embora Saul tenha obedecido em grande parte, poupou o rei Agague e o melhor do gado, alegando que seriam sacrificados a Deus. Essa aparente obediência foi considerada rebelião por Deus, mostrando que obediência parcial é, na realidade, desobediência.
A Obediência Parcial e o Engano
O autor destaca que Saul acreditava sinceramente estar cumprindo a vontade de Deus. No entanto, essa autojustificação é fruto do engano que se instala quando a Palavra de Deus é ignorada. Ele cita Tiago 1:22, que alerta contra ser apenas ouvinte da Palavra, enganando a si mesmo. Quando justificamos nossos erros em vez de nos arrependermos, um “véu do engano” cobre nosso coração, dificultando o reconhecimento da verdade.
O Processo do Engano
Bevere descreve o progresso do engano em três etapas:
- Convicção Inicial: Quando pecamos, sentimos a convicção do Espírito Santo, mas, se ignoramos, essa sensibilidade diminui.
- Justificação e Véu Espesso: A repetição do pecado, acompanhada de justificativas, torna nosso coração insensível, e o véu do engano se torna mais espesso.
- Consciência Cauterizada: No estágio final, perdemos completamente a convicção, passando a viver em engano, fundamentados em nossa própria lógica ou na aprovação social.
A Mensagem Profética
Quando a convicção do Espírito Santo é ignorada, Deus frequentemente envia mensagens proféticas para corrigir Seus filhos, como fez através de Samuel para Saul. Se essas mensagens também forem rejeitadas, o julgamento divino pode se manifestar, muitas vezes na forma de dificuldades ou provações, como doenças ou outras aflições.
Bevere relata um caso real em que uma jovem rebelde ignorou múltiplos avisos do Espírito Santo e sofreu um acidente de carro, mas sobreviveu e se arrependeu. Ele enfatiza que Deus não traz tragédias, mas permite que Suas proteções sejam removidas quando insistimos na desobediência.
Rebelião e Feitiçaria
O autor faz uma conexão poderosa entre rebelião e feitiçaria, citando 1 Samuel 15:23: “A rebelião é como o pecado de feitiçaria.” Ele explica que a essência da feitiçaria é o desejo de controlar circunstâncias, pessoas e situações, algo que também ocorre na desobediência. A rebelião contra a autoridade divina abre portas para a influência demoníaca.
Bevere compara a rebelião ao princípio ocultista expresso na “Bíblia Satânica”, que prega “faça o que tu queres”, em oposição à submissão à vontade de Deus. Ele alerta que, longe de trazer liberdade, a rebelião leva à escravidão espiritual e ao controle demoníaco.
O Exemplo de Saul
Após rejeitar a ordem divina, Saul tentou justificar sua desobediência, colocando a culpa nos soldados e alegando boas intenções. Bevere critica essa atitude, apontando que líderes têm responsabilidade pela desobediência de seus liderados. Ele usa o exemplo de Eli, que foi julgado por não repreender seus filhos desobedientes.
Samuel confronta Saul, lembrando-o de sua humildade inicial quando foi ungido rei. Ele destaca que Saul mudou, passando de um homem humilde a alguém que confiava mais em sua própria sabedoria do que na de Deus. Essa atitude, segundo Bevere, é uma mensagem clara de que Saul acreditava saber mais que Deus.
A Transformação de Saul
A desobediência levou Saul a ser atormentado por um espírito maligno, resultando em comportamentos destrutivos. Ele perseguiu Davi, tentou matá-lo e, eventualmente, cometeu atrocidades como o massacre de 85 sacerdotes e suas famílias (1 Samuel 22). Bevere enfatiza que a rebelião de Saul abriu portas para a manipulação demoníaca, transformando-o em um homem totalmente diferente daquele que fora ungido como rei.
Aplicações para a Vida Cristã
Bevere conclui o capítulo com um apelo para que os cristãos reconheçam a gravidade da desobediência, especialmente quando mascarada por boas intenções. Ele adverte que, sem arrependimento, a desobediência leva ao engano, à escravidão espiritual e, eventualmente, ao julgamento divino. A verdadeira liberdade, segundo o autor, só pode ser encontrada na obediência total e humilde à vontade de Deus.
Este capítulo serve como um chamado ao arrependimento, alertando os leitores sobre os perigos do engano e da rebelião, enquanto enfatiza a misericórdia e a paciência de Deus ao buscar restaurar Seus filhos.
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