Desde que assumiu o governo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva carregou promessas ambiciosas para a população brasileira, com compromissos de crescimento econômico, estabilidade e benefícios sociais ampliados. Durante sua campanha, Lula prometeu a “picanha na mesa” e a recuperação econômica, mas até agora, a realidade que o Brasil enfrenta está longe dessas expectativas. O governo tem acumulado déficits preocupantes, cortes no orçamento e uma gestão fiscal instável, evidenciada pelos números divulgados recentemente. Mais alarmante ainda são os gastos significativos com viagens internacionais e eventos da presidência, que contrastam fortemente com o cenário fiscal apertado e a decepção da população.
Déficit Primário e Problemas Orçamentários
Sem o benefício da transferência do antigo fundo PIS/Pasep, que em setembro de 2022 havia ajudado a equilibrar as contas públicas, o governo federal terminou setembro de 2023 com um déficit primário de R$ 5,326 bilhões. Em um contraste gritante, no mesmo mês do ano anterior, o governo havia registrado um superávit de R$ 11,554 bilhões. A diferença, que reflete uma piora significativa nas contas públicas, ocorreu devido à ausência da transferência de R$ 26,3 bilhões do fundo PIS/Pasep, que em 2022 havia ajudado a fechar o resultado.
A projeção atual para o déficit do Governo Central em 2023 é de R$ 28,3 bilhões, equivalente a um déficit de 0,25% do PIB. Contudo, o valor efetivo pode superar os R$ 68,8 bilhões, se consideradas as despesas fora do arcabouço fiscal, como precatórios e despesas extraordinárias, que incluem gastos para a reconstrução do Rio Grande do Sul após enchentes e incêndios florestais.
Esses números vêm em um ano em que a arrecadação federal teve recordes, e as receitas administradas cresceram 17,4% em setembro, já descontada a inflação, graças ao aumento de impostos como o Imposto de Renda sobre grandes empresas e a Cofins sobre combustíveis. Mesmo assim, o governo se viu forçado a bloquear R$ 13,3 bilhões em verbas para não ultrapassar os limites de gastos do novo arcabouço fiscal, revelando um quadro de receitas instáveis e crescimento de despesas obrigatórias.
Gastos e Prioridades Questionáveis: Promessas de Picanha e Realidade de Abóbora
O contraste entre as promessas e a realidade é evidenciado nos gastos que têm sido priorizados pelo governo. Enquanto prometia melhorar o padrão de vida e colocar “picanha na mesa”, a população lida com aumentos de gastos obrigatórios e cortes em investimentos públicos. Turbinados pelo novo Bolsa Família, os gastos com programas sociais aumentaram R$ 1,16 bilhão acima da inflação em setembro, e os custos com o Benefício de Prestação Continuada (BPC) subiram R$ 1,1 bilhão devido ao aumento no número de beneficiários e à valorização do salário mínimo.
No entanto, as áreas de investimento, como obras públicas e infraestrutura, mostram um crescimento instável, alternando entre altas e quedas nos últimos meses. Embora o governo tenha aumentado os investimentos para R$ 52,285 bilhões nos primeiros nove meses de 2023, uma alta de 18,5% em relação ao ano anterior, o Tesouro atribui essa volatilidade ao ritmo irregular das obras. O que muitos questionam é como as promessas de melhoria estão sendo sacrificadas por uma política de gastos que parece priorizar aumentos em áreas obrigatórias em detrimento de investimentos que poderiam acelerar o desenvolvimento econômico.
Gastos com Viagens e Eventos Presidenciais: Uma Contradição Dolorosa
Outro ponto que tem gerado críticas e decepção são os gastos elevados do presidente e da primeira-dama em viagens e eventos internacionais. Só em 2023, Lula e sua esposa já acumularam um número considerável de viagens, muitas das quais questionadas pela população e pela oposição. Essas viagens incluem compromissos políticos, eventos diplomáticos e encontros internacionais, mas trazem uma despesa significativa ao orçamento em um momento em que o país lida com cortes severos e bloqueios de verbas.
Para muitos brasileiros, essas viagens representam uma contradição entre o discurso e a prática. Enquanto o presidente e a primeira-dama promovem o Brasil no exterior, o governo enfrenta dificuldades internas para fechar as contas, pressionando ainda mais um orçamento já apertado. O reflexo é um cenário em que as promessas de campanha perdem cada vez mais credibilidade, com a população percebendo um abismo entre o que foi prometido e o que realmente está sendo entregue.
Para Onde Vai o Brasil?
A pergunta que muitos se fazem é: qual será o rumo do Brasil se a atual política de gastos não for ajustada? Enquanto o governo tenta conciliar demandas sociais com a necessidade de contenção fiscal, a confiança na economia é prejudicada pela falta de clareza sobre as prioridades. Com um déficit crescente e uma alta carga tributária, os investidores e o setor privado aguardam por sinais de políticas mais consistentes e estáveis, que possam impulsionar o crescimento sem sacrificar a estabilidade das contas públicas.
A gestão Lula, que trouxe esperanças de um retorno a políticas inclusivas e de crescimento, enfrenta agora um teste crucial. Para muitos, o governo parece estar mais focado em administrar a crise fiscal do que em cumprir suas promessas. E, no coração do povo brasileiro, a decepção cresce, alimentada por uma expectativa que foi elevada durante a campanha, mas que hoje parece frustrada pelas dificuldades econômicas e pelos desafios administrativos.
O resultado dessa trajetória, se continuar, poderá ser um Brasil onde o sonho de uma “picanha na mesa” se torne cada vez mais um símbolo de promessas não cumpridas, enquanto o povo, que já paga uma das mais altas cargas tributárias do mundo, questiona o destino de seus impostos e os rumos do país.
O Impacto na População e o Futuro Fiscal do Brasil
Esse cenário de déficits, gastos elevados e promessas não cumpridas gera desconfiança na capacidade do governo de cumprir com a meta de déficit primário zero estabelecida pelo novo arcabouço fiscal e pela Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). O governo já enfrenta uma margem de tolerância extremamente limitada, e qualquer aumento inesperado nas despesas ou redução nas receitas pode comprometer ainda mais o quadro fiscal.
Em resumo, o Brasil de Lula enfrenta desafios profundos e múltiplos. As promessas de campanha que falavam em melhorar o padrão de vida e restaurar a economia parecem cada vez mais distantes, substituídas por um cenário de austeridade fiscal, altos déficits e uma realidade amarga para os brasileiros, que esperavam mais do novo governo.
Por Pr. Rilson Mota
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