O grupo é suspeito de fazer mais de 300 vítimas, com prejuízo estimado em R$ 6 milhões. “Boy” foi preso em sua mansão, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste. Ele atuava no Parque União, na Maré.
Polícia prende ‘Boy’, suspeito de ser chefe de quadrilha de golpes bancários.
Policiais da Delegacia de Roubos e Furtos prenderam na quinta-feira (7) Felipe Boloni Alves Rosa, conhecido como “Boy” ou “Professor”, que ostentava uma vida de luxo nas redes sociais. Ele é suspeito de chefiar uma quadrilha que cometia golpes bancários por meio eletrônico no Rio.
Felipe Boloni, conhecido como Boy, foi preso na Barra da Tijuca — Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal
O grupo é suspeito de ter feito mais de 300 vítimas, com prejuízo estimado em R$ 6 milhões. “Boy” foi preso em sua mansão, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste, com aluguel avaliado em R$ 20 mil mensais.
Durante a operação, foram apreendidos um telefone celular, documentos, além de um Porsche Taycan elétrico, avaliado em R$ 700 mil, entre outros itens de luxo.
A investigação começou após a prisão de 12 mulheres em uma mesma operação, que trabalhavam para o tráfico de drogas, em novembro de 2020. As ações do grupo aconteciam no Complexo da Maré, na Zona Norte, e segundo a polícia eram comandadas por Felipe.
Polícia Civil prende mulheres apontadas como integrantes de organização criminosa especializada em golpes por meio eletrônico — Foto: Divulgação/Polícia Civil
O criminoso já tinha passagens por estelionato, lavagem de dinheiro e associação ao tráfico de drogas em São Paulo, segundo a polícia, através de sua atuação pelo Primeiro Comando da Capital (PCC).
Como era o golpe
Segundo as investigações, a organização criminosa é tão sofisticada que se utiliza de um programa de computador específico, o Unidade de Resposta Audível (URA), para simular um atendimento bancário em que os criminosos conseguiam os dados “teclados” pelas vítimas em seus telefones.
Através do software, os criminosos obtinham número de cartões e senha. As vítimas acreditavam se tratar de um procedimento antifraude do banco e eram convencidas que seu cartão havia sido utilizado indevidamente. Elas então entregavam o cartão à quadrilha, junto à uma carta de contestação das operações não reconhecidas.
Um motoboy fazia a coleta do cartão, que posteriormente era usado por criminosos para fazer saques e compras fraudulentas.
Escondido na Maré
Festa para aniversário do criminoso — Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal
Depois da prisão das 12 mulheres em 2020, o grupo passou a atuar somente no Parque União, na Maré.
Foi feita inclusive uma festa de aniversário para o criminoso em novembro de 2021, com a presença de diversas atrações musicais e o tema da série “La Casa de Papel”, dentro do Parque União.
No entanto, por ter saído da comunidade, a polícia conseguiu realizar a prisão de Felipe.
Camisa em homenagem ao criminoso com a sigla PU (Parque União) — Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal
Por g1 RJ