Por Pr. Rilson Mota
O jornalismo esportivo brasileiro perdeu um de seus maiores nomes neste domingo (19). O apresentador, locutor e jornalista Léo Batista faleceu aos 92 anos, após uma trajetória profissional que atravessou sete décadas e deixou uma marca profunda na história da televisão e da rádio no país. A TV Globo, onde Léo trabalhou por 55 anos, confirmou a notícia.
Léo Batista, batizado como João Baptista Belinaso Neto, nasceu em 22 de julho de 1932, na cidade de Cordeirópolis, no interior de São Paulo. Ele foi internado desde o último dia 6 de janeiro no hospital Rios D’Or, na zona oeste do Rio de Janeiro, devido a complicações de um câncer no pâncreas.
Um pioneiro da comunicação
A carreira de Léo Batista começou em 1947, quando, aos 15 anos, estreou como locutor em rádios no interior de São Paulo. Ele trabalhou nas rádios de Birigui, Campinas e Difusora de Piracicaba antes de se mudar para o Rio de Janeiro em 1952, onde assumiu funções como locutor e redator na Rádio Globo.
Apesar de ser extremamente reconhecido por sua atuação no jornalismo esportivo, Léo também esteve presente em grandes marcos históricos da comunicação. Foi ele quem noticiou o suicídio do então presidente Getúlio Vargas em 1954, um momento marcante para o Brasil. Em 1963, novamente sua voz noticiou um evento histórico: o assassinato do presidente dos Estados Unidos, John F. Kennedy.
A chegada à TV e o reconhecimento nacional
Léo Batista migrou para a televisão na década de 1960, trabalhando na TV Rio, onde comandou o Telejornal Pirelli por mais de 13 anos. Após passagens pela TV Excelsior, ele chegou à TV Globo em 1969, onde consolidou sua carreira e se tornou um dos rostos mais conhecidos da emissora.
Na Globo, ele apresentou programas esportivos de destaque e criou quadros inovadores que encantaram o público. Sua voz, marcante e acolhedora, foi a trilha sonora de gerações de torcedores e telespectadores. Mesmo aos 92 anos, Léo permanece ativo, fazendo sua última aparição na TV no dia 26 de dezembro, em um programa esportivo vespertino.
Uma relação especial com o esporte e o Botafogo
Léo Batista era um torcedor apaixonado do Botafogo de Futebol e Regatas, clube que também reconheceu sua importância. Em uma homenagem, o time alvinegro destacou a relação especial com o locutor, que era sócio do clube desde 1992. O Estádio Nilton Santos, casa do Botafogo, batizou uma de suas cabines de transmissão com o nome de Léo Batista, gesto que ele pôde presenciar pessoalmente.
“O Botafogo lamenta profundamente a perda de um de seus mais ilustres torcedores. Léo Batista foi um marco no jornalismo esportivo e, para nós, um símbolo de amor e lealdade ao clube”, disse o clube em comunicado oficial.
Repercussão entre colegas e admiradores
A morte de Léo Batista gerou comoção entre jornalistas, colegas de profissão e fãs. O locutor Rodrigo Campos, da TV Brasil, destacou a influência de Léo no jornalismo esportivo. “A maior referência para todos os jornalistas esportivos do Brasil. Cada gol com sua narração era mais emocionante. Uma voz que ecoava com sutileza em nossos ouvidos.”
O radialista Waldir Luiz, da Rádio Nacional, ressaltou a familiaridade que o público tinha com Léo. “A gente se acostumou a ouvir a voz do Léo Batista. Ele foi, sem dúvida, um ícone do jornalismo esportivo.”
Um legado que transcende gerações
Com mais de 70 anos de profissão, Léo Batista deixa um legado que vai muito além de sua voz marcante. Ele foi um dos responsáveis por transformar a narração esportiva em arte, levando emoção e informação para os moradores brasileiros. Sua dedicação e paixão pela profissão inspiraram gerações de jornalistas e comunicadores.
A despedida de Léo Batista não é apenas a perda de um profissional, mas de uma personalidade que fez parte da história do esporte e da comunicação no Brasil. Seu nome estará sempre associado à excelência e à inovação no jornalismo.
Despedida e homenagem
A mãe da menina, Juliana Alvez Maria Feldman, será velada neste sábado (18), a partir das 13h, no Cemitério da Saudade, em Americana, interior de São Paulo. O sepultamento será em seguida, às 15h. O pai da criança, André Feldman, será velado e sepultado neste domingo (19), a partir das 14h, no Cemitério Israelita do Butantã, na capital paulista.
Léo Batista, o ícone do jornalismo esportivo brasileiro, deixa um vazio impossível de preencher, mas também uma inspiração eterna para aqueles que acreditam no poder da comunicação e na paixão pelo esporte. Que sua memória seja celebrada como ele merece: com a mesma alegria e entusiasmo que dedicou à sua profissão por tantas décadas.
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