Após indicar que não participaria diretamente das campanhas municipais no segundo turno, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reviu sua estratégia e começou a desenhar uma agenda de apoio aos candidatos aliados do Palácio do Planalto em capitais como São Paulo (SP) e Fortaleza (CE). Além dessas, há discussões sobre possíveis visitas a Natal (RN) e Belo Horizonte (MG).
Em uma declaração nesta segunda-feira (7), após reunião com seus ministros e líderes da base no Congresso, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, explicou: “Lula vai estar presente naquilo que é possível enquanto presidente da República”. O encontro teve como objetivo analisar os resultados das urnas no primeiro turno e traçar os próximos passos.
Desempenho do PT no Primeiro Turno das Eleições
O desempenho do PT nas eleições municipais de 2024 foi aquém do esperado, mesmo com Lula na presidência. O partido não conseguiu eleger nenhum prefeito em capitais na primeira rodada, ficando no segundo turno em quatro capitais: Fortaleza, Cuiabá, Natal e Porto Alegre. Em São Paulo, o candidato Guilherme Boulos, do PSOL, apoiado por Lula, avançou para o segundo turno.
No entanto, os resultados demonstraram dificuldades, já que em nenhuma dessas cidades os candidatos do PT terminaram na liderança no primeiro turno. Além disso, o partido enfrentou derrotas em locais onde havia expectativas de avanço, como em Goiânia e Teresina, e até mesmo no berço político de Lula, em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista.
A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, minimizou o resultado, destacando a importância de um processo de reconstrução: “É preciso entender que a gente vive um processo de recuperação, reorganização. A eleição de 2016 foi difícil, a de 2020 foi difícil e, agora, a de 2024 mostra um processo de reconstrução do PT no processo eleitoral local.”
Foco Estratégico no Nordeste
Diante das dificuldades enfrentadas pelo PT, a expectativa é de que Lula concentre seus esforços no Nordeste, onde o partido ainda tem forte presença. Com a viagem marcada para a cúpula do BRICS entre os dias 21 e 23 de outubro, o presidente pretende priorizar as campanhas em estados nordestinos antes de embarcar para a Rússia, o que inviabiliza outras participações em campanhas no restante do país.
Após a reunião com Lula, Alexandre Padilha destacou a confiança do governo na superação das lideranças de direita: “Sabemos da força dessa ‘extrema-direita’ no país, ninguém nega essa força. Agora acreditamos que, no segundo turno, essas lideranças que compõem essa frente ampla do presidente Lula têm todas as condições de derrotar, inclusive, essas lideranças de extrema-direita”.
Comentário Crítico: O Retrocesso do Governo Federal e o Alinhamento com Ditadores
As eleições de 2024 deixaram claro que o governo de Luiz Inácio Lula da Silva enfrenta um cenário complicado, marcado por uma falta de resultados concretos e por alianças questionáveis. Mesmo com Lula à frente da Presidência, o PT não conseguiu emplacar candidatos competitivos nas capitais, revelando um fracasso no que deveria ser uma retomada da influência do partido no cenário nacional. O discurso de “reconstrução” usado pelo partido soa vazio diante de uma gestão que falha em apresentar uma política econômica viável para tirar o Brasil do atoleiro econômico.
Mais alarmante ainda é a postura do presidente de andar de mãos dadas com ditadores como Nicolás Maduro, da Venezuela. Essa proximidade com regimes autoritários que violam os direitos humanos e minam a democracia coloca em xeque os valores que o governo brasileiro deveria defender. Lula parece mais preocupado em manter uma imagem de líder internacional progressista do que em resolver os problemas reais de uma economia em crise e de uma população cada vez mais desgastada pela falta de perspectivas.
Se o governo de Lula não se distanciar dessas alianças nocivas e não buscar uma agenda econômica séria e focada no crescimento sustentável do país, o PT corre o risco de ver seu já fragilizado capital político se diluir ainda mais. O apoio popular não se conquista apenas com discursos e alianças duvidosas, mas com ações concretas que melhorem a vida do cidadão comum e com uma postura firme em defesa da democracia e dos direitos fundamentais.
Pr. Rilson Mota
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Fonte: Gazeta do Povo