Por Pr. Rilson Mota
A nova previsão do mercado financeiro para a inflação oficial do Brasil em 2024 subiu para 4,64%, acima do teto da meta definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). A alta revela um problema estrutural: a incapacidade do governo de controlar gastos públicos e criar um ambiente econômico estável. Com políticas fiscais expansionistas, a gastança desenfreada e a ausência de um modelo econômico confiável minam a confiança do mercado, pressionam a inflação e mantêm os juros elevados, sufocando a economia real.
Enquanto o Banco Central luta para conter a inflação com sucessivos ajustes na taxa Selic, atualmente em 11,25%, os resultados são apenas paliativos diante de um problema mais profundo. A política monetária contracionista é necessária para combater os efeitos inflacionários, mas é incapaz de solucionar o descontrole fiscal, que alimenta incertezas econômicas. O aumento de despesas públicas e programas sem planejamento adequado são combustíveis para a alta de preços, como evidenciado pela pressão sobre os custos de habitação e alimentos no IPCA.
O cenário é ainda mais preocupante quando se analisa o espectro político e a falta de reformas estruturais. Apesar de um PIB que surpreendeu com alta de 3,1% em 2023, as perspectivas para os próximos anos são modestas, com crescimento projetado em torno de 2%. A estagnação reflete a ausência de medidas que estimulem a produtividade e a confiança do setor privado. Além disso, o dólar, projetado para fechar o ano em R$ 5,60, é um indicador de que a volatilidade cambial persiste, prejudicando o planejamento empresarial e encarecendo insumos importados, o que se reflete nos preços ao consumidor.
Comentário Crítico: Um Caminho Repetido e Insustentável
O governo brasileiro parece insistir em um ciclo vicioso de aumento de gastos sem responsabilidade fiscal, apostando na arrecadação para corrigir desequilíbrios. No entanto, o resultado é sempre o mesmo: inflação elevada, juros altos e crescimento tímido. A taxação excessiva de setores produtivos e a falta de reformas tributárias estruturantes aprofundam a percepção de um ambiente hostil ao investimento.
Enquanto países emergentes avançam com políticas econômicas que incentivam a inovação e o crescimento sustentável, o Brasil ainda tropeça em políticas de curto prazo que favorecem a popularidade em detrimento da estabilidade econômica. Sem um compromisso real com a disciplina fiscal e a criação de um ambiente que estimule a geração de riqueza, as metas de inflação continuarão sendo meros números inatingíveis.
A solução para o país não passa apenas pela redução de juros ou contenção pontual da inflação, mas por uma revisão profunda do modelo econômico. É urgente repensar a relação entre governo e economia, privilegiando a eficiência, a redução da burocracia e o estímulo ao setor produtivo. Caso contrário, o Brasil continuará preso em um ciclo de crescimento medíocre, com uma população pagando caro por políticas ineficazes.
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