O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, indicou nesta segunda-feira (14), em um evento em São Paulo, que o governo pode novamente revisar a projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2024. Segundo o ministro, essa possibilidade será analisada, embora ainda não haja uma decisão definitiva.
“Talvez seja necessário rever novamente o PIB deste ano, mas isso ainda não está decidido”, afirmou Haddad. Ele destacou que o Brasil não deve crescer abaixo da média mundial neste ano, e expressou otimismo em relação ao crescimento sustentável a longo prazo. “O Brasil pode manter uma taxa média de crescimento de 2,5% sem grandes desequilíbrios”, completou.
Durante sua participação no Itaú BBA Macrovision, um dos eventos mais importantes do mercado financeiro, Haddad também comentou que, apesar dos desafios, a inflação em 2024 deve se manter dentro da faixa de tolerância da meta, mesmo com choques de oferta causados por fatores climáticos, como a seca e os desastres no Rio Grande do Sul.
Meta de grau de investimento e reforma do Imposto de Renda
O ministro também projetou que o Brasil pode recuperar o grau de investimento da agência de classificação Moody’s até 2026, ressaltando o progresso já feito desde que o atual governo assumiu. Em outubro, a Moody’s elevou a nota de crédito do país, aproximando-o do status de investimento seguro.
Questionado sobre a proposta de reforma do Imposto de Renda, Haddad indicou que dificilmente o projeto será enviado ao Congresso ainda este ano, devido à complexidade do tema e ao cronograma apertado do governo. Ele enfatizou que a reforma precisa ser fiscalmente neutra, ou seja, sem aumento de alíquotas.
Conservadorismo em ascensão preocupa
O ministro também abordou sua preocupação com o avanço do conservadorismo, tanto no Brasil quanto no cenário internacional. Haddad alertou para o crescimento de discursos anticientíficos e antidemocráticos, que têm ganhado força em vários países, incluindo o Brasil.
“Estamos vendo uma retórica que antes parecia impensável ganhar espaço no debate público. Negar vacinas e a mudança climática é algo que nos preocupa profundamente. Esse tipo de discurso não vai nos levar ao progresso que desejamos”, afirmou. Ele defendeu que o futuro do Brasil está diretamente ligado à ciência, à democracia e ao respeito às liberdades.
Ciência como base para o crescimento
Segundo Haddad, o caminho para a prosperidade do país passa necessariamente pela ciência e pelas evidências empíricas. “Nenhum país prospera ao negar a ciência. O Brasil precisa se ancorar em boas instituições e na racionalidade científica para alcançar um crescimento econômico sustentável e justo”, concluiu.
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Pr. Rilson Mota
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