Se a possibilidade se confirmar, a abertura das comportas da represa Paiva Castro causaria mais alagamentos na região
A Prefeitura de Franco da Rocha (Grande SP) alertou a população neste domingo (30), às 21h50, que a represa Paiva Castro atingiu 78,7% da capacidade, considerado o limite da cota de segurança. Com isso, existe a possibilidade de abertura das comportas, o que causaria mais alagamentos na região, onde chove de forma intensa desde a sexta-feira (28). “Estamos em alerta máximo para risco iminente de abertura das comportas”, diz o texto.
Franco da Rocha foi uma das cidades mais afetadas pelas chuvas em São Paulo. O acumulado desde sexta-feira (28) provocou deslizamentos de terra, transbordamento de rios e córregos, deixou cidades alagadas, rodovias interditadas, 500 famílias desalojadas e ao menos 19 mortos em todo o estado. No alerta feito durante esta noite em redes sociais, a Prefeitura de Franco da Rocha orientou a população a buscar refúgio. “Se você mora em área de risco de alagamento, procure abrigo na casa de amigos e parentes”, diz.
A administração municipal também pediu que os cidadãos acionem as autoridades, se necessário. “Caso note alguma movimentação estranha, entre em contato com nosso plantão #AlertaChuva, que vai funcionar durante toda a madrugada”, diz a mensagem. Em deslizamento de terra na rua São Carlos, em Franco da Rocha, quatro pessoas morreram e seis foram resgatadas com vida. Durante a noite, ainda sob chuva, equipes dos bombeiros, da Defesa Civil e dos serviços de saúde procuravam por vítimas em meio à lama –a prefeitura estima que ainda estejam desaparecidos até 14 moradores. Segundo a administração municipal, 15 imóveis foram atingidos.
A prefeitura disse que, em 12 horas, até a tarde deste domingo, choveu 160 mm, o equivalente a 42% do esperado para todo o mês de janeiro (271 mm). Segundo a Defesa Civil, foram 198 mm desde a sexta. A Sabesp afirmou ao longo do domingo que houve aumento na retirada de água para a estação de tratamento do Guaraú para reduzir o volume de água da represa.
Fonte: Folhapress