Por Pr. Rilson Mota
Rio de Janeiro – O Complexo da Penha, na Zona Norte do Rio, foi cenário de mais um capítulo da luta contra o crime organizado nesta terça-feira (3). A megaoperação conjunta entre as polícias Civil e Militar resultou em 13 prisões, seis feridos e a recuperação de 23 veículos roubados. A ação também revelou uma alarmante realidade: o local tem se tornado refúgio para cerca de 80 criminosos vindos do Pará, incluindo lideranças do Comando Vermelho (CV).
Entre os alvos estava Anderson Latrol, apontado como um dos líderes do CV no estado do Pará. Segundo a Polícia Civil, o Complexo da Penha funciona como uma verdadeira base operacional da facção, de onde partem ordens para roubos de cargas e veículos na capital e na Região Metropolitana. Durante a operação, que cumpriu 114 mandados de busca e apreensão, autoridades destacaram a importância de desarticular essa rede criminosa que conecta o Norte ao Sudeste do país.
Um Refúgio Estratégico para o Crime Organizado
As investigações apontam que o Complexo da Penha oferece proteção estratégica para criminosos de outros estados. Em abril, por exemplo, Dielson Assunção Silva Filho, conhecido como “Lank” ou “Disciplina”, foi preso na Vila Cruzeiro, também na Penha. Segurança pessoal de Latrol, Dielson estava foragido há dois anos e já havia atuado como segurança de Léo 41, outro líder do CV morto em 2023.
De acordo com o secretário de Polícia Civil do Rio, Felipe Curi, a operação marca o início de uma ofensiva mais ampla contra o crime organizado. “Hoje, iniciamos uma série de operações que irão abranger todas as áreas controladas por organizações criminosas. Não haverá local no Rio de Janeiro onde a segurança pública não estará presente”, afirmou o secretário estadual de Segurança Pública, Victor Santos.
O Desafio de Retomar o Controle
A presença massiva de criminosos do Norte e a integração entre as células do CV em diferentes regiões do país são um desafio gigantesco para as forças de segurança. Embora a operação tenha sido considerada um sucesso pelas autoridades, a realidade do cotidiano dos moradores do Complexo da Penha permanece marcada pelo medo e pela insegurança.
Enquanto as forças de segurança intensificam suas ações, a pergunta que permanece é: até quando o Rio de Janeiro será palco de violência que coloca em risco a vida de trabalhadores e famílias inteiras? A promessa de operações mais frequentes é um passo na direção certa, mas a população exige resultados concretos, com a garantia de que o Estado, e não o crime, seja o verdadeiro dono do território.
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