Com mais de 182 mil toneladas de carne bovina exportadas em fevereiro, as exportações brasileiras voltaram a bater recordes. No mês as negociações foram de 975 milhões de dólares.
A China foi o principal comprador da carne brasileira, com 140 mil toneladas, o que representa 41% do total exportado. Vale lembrar que o país não comprava do Brasil desde setembro do ano passado. Os embargos aconteceram após a confirmação de dois casos da doença conhecida como “vaca louca”.
Agora, com a confirmação científica de que os casos registrados no país não trouxeram danos ao rebanho, por serem de geração espontânea e não de contaminação, houve uma retomada das negociações com o país asiático. Em fevereiro foi registrado um aumento de 47% no volume e de 77% na receita em relação ao mesmo período do ano anterior.
Dados do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Paraná mostram um aumento de 34% no acumulado do primeiro bimestre do ano em relação à 2021. Números que segundo o médico veterinário e técnico do Deral, Fábio Peixoto Mezzadre, movimentam a economia e ajudam na regulação do mercado interno.
“A pecuária de corte já vinha há bastante tempo com o preço da arroba defasado e com o produtor se descapitalizando, pois todos os insumos subiram. A própria categoria de reposição, bezerros, matriz, sal mineral, milho, soja, que são os principais componentes para a engorda do boi, subiram demais. A alta desses insumos encareceu a produção da pecuária de corte. Então além de gerar divisas para o país, essas exportações também regulam o preço interno”, avalia.
O segundo país que mais exportou do Brasil foram os Estados Unidos, com um total de 43 mil toneladas.