No fim de dezembro, servidores da Receita e do Banco Central já haviam entregado os cargos pelo mesmo motivo. Governo decidiu incluir o aumento para policiais no Orçamento, mas desagradou outras categorias.
Auditores fiscais do Trabalho entregaram 160 cargos de chefia e coordenação, segundo informou nesta quinta-feira (6) o Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho (Sinait). A atitude foi um protesto contra a decisão do governo federal de incluir no Orçamento de 2022 a previsão de reajuste salarial apenas para policiais.
De acordo com o Sinait, os 160 cargos de chefia e coordenação que foram entregues representam cerca de 55% do total dos postos de chefia na carreira dos auditores fiscais do Trabalho.
Nos últimos dias de dezembro, logo após a sanção do Orçamento, centenas de servidores da Receita Federal e do Banco Central entregaram os cargos, também em protesto contra o aumento exclusivo para policiais.
Mais de 600 servidores da Receita Federal entregam cargos em protesto contra orçamento 2022.
O Orçamento da União aprovado para 2022 prevê um valor de R$ 1,7 bilhão para reajuste de carreiras Polícia Federal (PF), da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e do Departamento Penitenciário Nacional (Depen). De acordo com o Ministério da Economia, o aumento salarial para essas categorias se deve a uma “decisão do presidente da República”, Jair Bolsonaro.
O temor dentro do governo agora é que a insatisfação das outras categorias gere um efeito cascata no serviço público federal.
Por g1 Brasília