Secretaria da Educação acrescentou que, além da equipe do Conviva, deixa à disposição de alunos e funcionários psicólogos
Vídeos compartilhados na internet mostram uma aluna transgênero sendo agredida por outros estudantes na Escola Estadual Galdino Pinheiro Franco, em Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo, nesta quarta-feira (9).
A confusão teria começado após alunos terem chamado a jovem pelo pronome masculino, deixando-a irritada. A Secretaria Estadual da Educação afirma apurar a causas da violência.
O chefe de gabinete da Secretaria Estadual da Educação, Henrique Pimentel, afirmou à Folha de S.Pualo, no fim da manhã desta quinta-feira (10), que a primeira informação que lhe chegou, no início da tarde de quarta, foi sobre uma briga generalizada.
Após saber do caso, ele afirmou ter enviado uma equipe do Conviva, um programa de segurança e convivência da pasta, para checar o que motivou as agressões.
A ronda escolar, feita pela Polícia Militar, também foi acionada.
Os agentes do Conviva estão ouvindo alunos e seus parentes, além de profissionais da unidade de ensino, desde quarta.
A jovem agredida, que aparece nos vídeos, não conseguiu prestar depoimento por ter ficado em estado de choque. Ela seria ouvida nesta quinta, acrescentou o funcionário da Educação.
Pimentel afirmou ainda que, a partir dos relatos de alunos e funcionários, além da análise dos vídeos, será investigado o que aconteceu de fato, para que os envolvidos sejam identificados e responsabilizados, conforme a participação de cada um. O total de alunos envolvidos na agressão ainda não foi determinado.
“A briga começou entre a menina e um menino, e outros começaram a se envolver, tomar partido e generalizou”, explicou o chefe de gabinete.
Ele acrescentou que, com base nas apurações preliminares, “tem a inclinação a acreditar” que a violência contou com motivação transfóbica. “Mas independentemente da motivação, a escola precisa ser um ambiente seguro de qualquer forma, respeitando a diversidade.”
O Fórum Mogiano LGBT afirmou ter recebido relatos de alunos da escola, segundo os quais a estudante transgênero vinha sofrendo há tempos discriminação e bullying, “até que não suportou tais agressões”, e reagiu.
Com isso, segue a entidade, a jovem foi agredida por diversos estudantes, conforme pode ser visto em vídeos compartilhados na internet.
Um deles mostra o momento em que a entrada de uma sala de aula é forçada, aparentemente com chutes. Quando a porta é aberta, pode-se ouvir estudantes gritando e carteiras sendo movimentadas.
Em outro ângulo, a jovem aparece sendo acuada por alunos, que a agridem, inclusive com socos no rosto.
A Secretaria da Educação acrescentou que, além da equipe do Conviva, deixa à disposição de alunos e funcionários psicólogos.
Fonte: Folhapress