Delegado afirma que mulher levava vida de luxo sustentada pelo crime
Roberto Monteiro, delegado da Seccional do Centro de São Paulo, afirma que Lorraine Cutier Bauer Romeiro, de 19 anos, conhecida como “gatinha da Cracolândia”, levava uma vida sustentada pelo crime e pela exploração do vício. Ela foi presa na quinta-feira 22. Em documentos da polícia, Lorraine aparece comercializando crack dentro de tendas no “fluxo” de usuários de drogas na região central de São Paulo.
“Lorraine agia como liderança do tráfico”, resumiu o delegado Monteiro, em entrevista à TV Globo. “Nós temos em cada tenda na Cracolândia, em média, dez mesas, que são alugadas de outros traficantes. E ela era líder de um desses segmentos, substituindo seu companheiro, que está preso também por tráfico”, disse. “Ela ostenta um nível de vida alto, e tudo isso proveniente do tráfico de drogas”, afirmou Monteiro.
Detida em Barueri, na Grande São Paulo, Lorraine admitiu envolvimento no tráfico e indicou o local onde armazenava as drogas em um prédio na rua Helvétia, na Cracolândia. Em uma mochila, havia 85 porções de maconha, 295 de cocaína e oito de crack. Também foram localizados 97 frascos de lança-perfume e 16 comprimidos de ecstasy e R$ 750 em dinheiro. Estudo da Unidade de Pesquisa de Álcool e Drogas mostra que a Cracolândia tem média de 1,6 mil frequentadores diários.