Pinhão, 23 de dezembro de 2025
A tranquilidade das águas próximas à Usina Hidrelétrica Bento Munhoz da Rocha Netto, em Pinhão, foi interrompida por uma ação de fiscalização necessária nesta última segunda-feira. O sistema de monitoramento eletrônico da represa detectou movimentações suspeitas em uma área restrita, onde a circulação de pessoas é terminantemente proibida por normas de segurança. A intervenção rápida visou garantir a integridade das instalações e a proteção da vida humana naquele ambiente industrial.
Três indivíduos foram localizados praticando atividades de pesca exatamente no canal de fuga, local onde a água retorna com força das turbinas. A situação representava um perigo iminente de acidentes graves devido às correntes intensas e às variações repentinas no nível do rio. Após a abordagem, os envolvidos foram conduzidos para prestar esclarecimentos na delegacia local, enquanto todo o equipamento utilizado na prática irregular acabou sendo recolhido imediatamente pelos fiscais.
As penalidades financeiras aplicadas aos responsáveis ultrapassaram o montante de R$ 5.500, refletindo a gravidade da invasão em zona de segurança nacional. Além das multas administrativas, os envolvidos responderão por crimes contra a natureza, uma vez que a pesca em áreas de usinas compromete o ciclo reprodutivo das espécies aquáticas. A documentação oficial servirá para embasar futuros processos judiciais, reforçando que o desrespeito às normas vigentes gera consequências pesadas para todos.
A proibição de acesso aos canais de fuga não é uma medida arbitrária, mas uma precaução vital contra riscos operacionais invisíveis. O funcionamento das turbinas pode criar redemoinhos e sucções poderosas que tornam a sobrevivência impossível em caso de queda acidental na água. Respeitar as placas de sinalização e os limites físicos das usinas é um dever de cidadania que protege a vida dos pescadores e evita tragédias evitáveis nestes locais.
A preservação da fauna aquática é outro pilar fundamental que justifica o monitoramento constante nessas regiões estratégicas do Rio Iguaçu. Áreas próximas a barragens funcionam como refúgios para diversas espécies que buscam oxigenação e alimento nas águas movimentadas. A fiscalização remota, aliada ao patrulhamento aquático, continuará sendo intensificada para coibir práticas predatórias, garantindo que o equilíbrio ecológico e a segurança pública sejam mantidos em todo o território paranaense de forma contínua.
Análise Técnica e Comentário Exclusivo:
A utilização de sistemas de vigilância por vídeo integrados às centrais de monitoramento das usinas representa um avanço tecnológico crucial na prevenção de crimes. Tecnicamente, a detecção precoce de invasores em zonas de exclusão permite uma resposta coordenada que minimiza riscos tanto para os agentes quanto para os envolvidos. Essa integração entre tecnologia privada e segurança pública é o modelo ideal para proteger infraestruturas críticas e o ecossistema aquático brasileiro.
A aplicação de multas superiores a cinco mil reais demonstra o rigor necessário para desestimular a pesca predatória em locais de alto risco operacional. É fundamental que a gestão ambiental continue priorizando a educação e a fiscalização rigorosa para evitar que a busca por lazer comprometa a segurança energética nacional. A proteção do Rio Iguaçu exige vigilância constante e punições exemplares para quem ignora as normas de preservação ambiental hoje.
Por Pr. Rilson Mota
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