Por Pr. Rilson Mota, Editor do Amor Real Notícias
O Brasil, um país de forte influência cristã, tem visto crescer a presença de políticos que se identificam como evangélicos, especialmente nas últimas décadas. A bancada evangélica no Congresso Nacional, por exemplo, reúne dezenas de parlamentares que reivindicam representar os valores da fé protestante. Contudo, nem todos os que erguem a Bíblia como estandarte político parecem viver de acordo com seus ensinamentos. Esta reportagem especial, escrita com respeito e sob a luz das Escrituras, busca trazer uma crítica inteligente ao comportamento de alguns desses líderes, enquanto reconhece os que permanecem fiéis, alertando os eleitores para o discernimento necessário diante de “lobos em pele de cordeiro” (Mateus 7:15).
A Bíblia é clara ao orientar os cristãos sobre integridade. Em Provérbios 11:3, lemos: “A integridade dos justos os guia, mas a perversidade dos infiéis os destrói.” No entanto, alguns políticos que se dizem evangélicos têm sido flagrados em escândalos que contradizem essa verdade. Casos de corrupção, como os revelados pela Operação Lava Jato, envolveram figuras que, em público, proclamavam sua fé, mas, nos bastidores, negociavam propinas e favorecimentos. Esses episódios não apenas mancham a imagem do evangelicalismo, mas ferem a confiança de milhões de fiéis que veem na política uma extensão de sua esperança por justiça.
Um exemplo notório é o uso oportunista da religião em campanhas eleitorais. Durante as eleições, não é raro ver candidatos frequentando cultos, citando versículos e prometendo defender “valores cristãos”, apenas para, após eleitos, priorizarem interesses pessoais ou partidários. Em Mateus 6:1, Jesus adverte: “Guardai-vos de fazer a vossa justiça diante dos homens, para serdes vistos por eles.” Quando a fé se torna um instrumento de marketing político, ela deixa de ser genuína e passa a servir à vaidade e ao poder, um desvio que a Bíblia condena veementemente.
Não se pode, contudo, generalizar. Há políticos evangélicos que honram sua fé com ações coerentes. Parlamentares que não vamos citar nomes que , são conhecidos por sua defesa consistente de pautas conservadoras, que se mantem em uma trajetória marcada pela firmeza de princípios, sem envolvimento em escândalos de corrupção. Esses líderes demonstram que é possível conciliar a fé cristã com a vida pública, seguindo o exemplo de Daniel, que, mesmo em uma corte pagã, “não se contaminou” (Daniel 1:8) e serviu com integridade.
Por outro lado, a hipocrisia de alguns é um alerta vermelho. Em 2022, investigações apontaram que certos deputados da bancada evangélica estavam ligados ao chamado “orçamento secreto”, um esquema de distribuição de emendas parlamentares sem transparência. Embora nomes específicos devam ser tratados com cautela para evitar processos judiciais, o caso expôs uma contradição gritante: como conciliar a defesa da moralidade cristã com práticas que desviam recursos públicos? Em Tiago 1:8, a Bíblia descreve o homem de “duas mentes” como instável — uma advertência que cabe a esses líderes.
A influência desses políticos vai além do Congresso. Em estados e municípios, vereadores e prefeitos evangélicos também têm sido alvo de denúncias. Em cidades do interior, há relatos de gestores que usam dízimos de igrejas ou favorecem pastores aliados em troca de apoio político. Isso fere o princípio de Romanos 13:1-7, que chama as autoridades a servirem como “ministros de Deus para o bem”, e não para proveito próprio. A fé, nesses casos, torna-se moeda de troca, um pecado que o próprio Jesus combateu ao expulsar os vendilhões do templo (João 2:15).
Aos eleitores, cabe o discernimento. Mateus 7:20 ensina: “Pelos seus frutos os conhecereis.” Um político que prega santidade, mas vive em corrupção, é um fruto podre, um “lobo em pele de cordeiro”. O alerta bíblico é claro: nem todo aquele que diz “Senhor, Senhor” entrará no Reino dos Céus, mas aquele que faz a vontade de Deus (Mateus 7:21). Os cristãos devem olhar além das palavras, examinando as ações, os votos e o histórico de quem pede seu voto.
Os políticos evangélicos fiéis, por sua vez, merecem reconhecimento. Figuras como o senador Magno Malta (PL-ES), que ao longo de sua carreira defendeu causas como o combate à pedofilia e à violência, mostram que a fé pode inspirar políticas públicas positivas. Esses exemplos reforçam que o problema não está na presença de evangélicos na política, mas naqueles que a usam como fachada, traindo os princípios que dizem professar.
O risco de confusão é real. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e o Supremo Tribunal Federal (STF) têm monitorado o uso indevido da religião em campanhas, com base na Lei Eleitoral (9.504/97), que proíbe abuso de poder religioso. Em 2020, o TSE cassou mandatos de candidatos que manipularam fiéis, um precedente que pode se repetir. Políticos que exploram a fé correm o risco de enfrentar a Justiça terrena, além do julgamento divino prometido em Gálatas 6:7: “Não vos enganeis; de Deus não se zomba.”
Aos eleitores evangélicos, o chamado é à vigilância. A Bíblia exorta em 1 João 4:1: “Não creiais em todo espírito, mas provai se os espíritos são de Deus.” Antes de votar, pesquise o passado do candidato, suas alianças e sua conduta. Um verdadeiro servo de Deus não se curva à corrupção, nem negocia valores por poder. A política não é um púlpito, mas também não deve ser um mercado de interesses.
A responsabilidade também recai sobre as igrejas. Pastores e líderes têm o dever de orientar suas ovelhas, não de transformá-las em curral eleitoral. Quando o púlpito vira palanque, a mensagem do Evangelho é distorcida, e a congregação se torna refém de interesses alheios. Em 2 Timóteo 4:2, Paulo instrui a pregar a Palavra “a tempo e fora de tempo”, não a vendê-la por favores políticos.
O contraste entre os fiéis e os falsos é uma lição para o Brasil de 2025. Enquanto alguns evangélicos na política buscam honrar a Deus com serviço público íntegro, outros mancham o nome de Cristo com escândalos. A diferença está na raiz: “A árvore boa não pode dar maus frutos” (Mateus 7:18). Cabe ao povo separar o joio do trigo, com sabedoria e oração.
Esta reportagem não visa atacar pessoas ou instituições específicas, mas provocar reflexão. Respeitando os limites legais e éticos, evita-se citar nomes em casos não julgados, protegendo contra processos cíveis ou criminais. O objetivo é claro: iluminar, não difamar; alertar, não condenar. Que os eleitores evangélicos usem o discernimento dado por Deus para escolher representantes que honrem a fé que professam.
A política brasileira precisa de cristãos autênticos, não de oportunistas. Que 2025 seja um ano de renovação, onde a luz da verdade prevaleça sobre as trevas da hipocrisia. Aos que creem, fica o convite de Filipenses 4:8: “Tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, pensai nessas coisas.” Só assim o voto será um ato de fé, e não de engano.
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